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Pesquisa indica que mortalidade infantil permanece em queda

November 24, 2016 11:53 , par Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28% do total no Brasil e os de menores de 5 anos, 35,6%

Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:

A mortalidade infantil continua em queda no Brasil. Os dados divulgados nesta quinta-feira na pesquisa Estatísticas do Registro Civil 2015, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que as mortes de crianças com até 1 ano de idade passaram de 4% do total de óbitos registrados em 2005 para 2,5% em 2015. Na faixa até 5 anos, esse percentual caiu de 4,8% para 3% dos óbitos.

IBGE atribui declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico

IBGE atribui declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina e à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico

Em 1974, os óbitos de crianças menores de 1 ano representavam 28% do total no Brasil e os de menores de 5 anos, 35,6%. “Cabe enfatizar que a diminuição dos níveis de fecundidade também contribuiu de forma significativa para o declínio destes percentuais”, diz o estudo.

O IBGE também atribui o declínio na mortalidade infantil ao aumento da escolaridade feminina. E à elevação do percentual de domicílios com saneamento básico adequado (esgotamento sanitário, água potável e coleta de lixo). Além do maior acesso da população aos serviços de saúde, o que proporcionou melhoria na qualidade do atendimento pré-natal e durante os primeiros anos de vida.

– Enfim, diversas ações advindas não somente das esferas governamentais. Mas também de entidades privadas e organizações sociais. Foram conduzidas com o propósito de reduzir a mortalidade infantil e infantojuvenil – mostra a pesquisa.

Envelhecimento da população brasileira

O estudo aponta que o aumento do volume de óbitos registrados no Brasil nos últimos 10 anos. Passando de 992.477 registros de óbitos em 2005 para 1.227.396 em 2015. Um acréscimo de 23,7%, ocorre “em virtude da diminuição da mortalidade nas idades iniciais.

Fazendo com que um maior contingente de indivíduos chegue às idades finais. Onde a mortalidade é elevada, gerando um aumento no número de óbitos nas idades mais avançadas”.

Em 1974, a morte das pessoas de mais de 65 anos representava 27,3% do total. Quando o país ainda tinha uma população muito jovem. A partir de 2005, 52,4% dos óbitos registrados são da população idosa. Em 2015, este percentual alcança 58,1%.

– A estrutura de óbitos vem se modificando fortemente no Brasil com a tendência que se concentre cada vez mais nas idades finais da vida – afirmou o pesquisador do IBGE, Fernando Albuquerque.

O estudo Estatísticas do Registro Civil é resultado da coleta das informações. Prestadas pelos cartórios de registro civil de pessoas naturais, varas de família, foros ou varas cíveis e os tabelionatos de notas do país.

Crianças indígenas

O Ministério da Saúde lançou na quarta-feira, em Manaus, um programa voltado para a saúde da criança indígena. Com a meta de reduzir em 20% a mortalidade nessa faixa da população até 2019.

Dados da pasta mostram que a mortalidade infantil indígena, 31,28 por mil nascidos vivos, é mais que o dobro da média geral nacional, de 13,8.

De acordo com o ministério, metade das mortes de crianças indígenas ocorre antes de elas completarem um ano. A maioria dos óbitos (65%) é por doenças e causas evitáveis. Como problejmas respiratórias, nutricionais e parasitários. O foco do novo programa é atuar principalmente no combate a esses problemas.

O diretor do Departamento de Atenção Básica do Ministério da Saúde, Allan Sousa, afirma que estas são as mortes mais preocupantes. Já que podem ser prevenidas com uma estrutura relativamente simples. “Os óbitos nessa faixa etária mostram ou que o pré-natal não foi feito com qualidade. Ou que o acompanhamento da criança não está sendo feito”, destacou.

Para a diretora de Atenção à Saúde Indígena, Regina Celia Resende, outro grande problema nas aldeias é que as mães estão deixando de amamentar os bebês muito cedo. Em média, o período de amamentação dura quatro meses, quando a recomendação é de, no mínimo, seis meses.

Taxa de desnutrição

Antonio Leopoldo Nogueira, do Ministério da Saúde, enquanto a taxa de desnutrição nacional das crianças de até 5 anos é de 1,9%. Entre os índios, na mesm faixa etária, é de 8,8%.

Segundo o Ministério da Saúde, a dificuldade nos registros de informações de nascidos vivos e de óbitos também interfere no diagnóstico. Na formulação de políticas públicas direcionadas para essa população.

Conforme dados da pasta, no ano passado, mais de 99 mil crianças foram vacinadas no país. Mas, entre as crianças indígenas menores de 7 anos, o índice ficou em 78,9%.

O programa lançado tem como metas garantir que 85% das crianças menores de 5 anos tenham esquema vacinal completo. Alcançar 90% das gestantes com acesso ao pré-natal, implementar as consultas de crescimento e desenvolvimento para crianças indígenas menores de 1 ano. Chegando a 70% e investigar ao menos 80% das mortes de mães e de recém-nascidos e abortos.

Em todo o país, existem 34 Distritos de Saúde Indígena  (DSEI). Nos quais atuam 510 médicos, sendo 65% são do Programa Mais Médicos. Ao todo, mais de 723 mil indígenas vivem em 5.882 aldeias.

Em visita a Manaus, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, entregou cinco Unidades Básicas de Saúde Básica Fluviais para atender a região. A promessa é que mais duas sejam entregues até o final do ano.

Segundo o ministro, um novo plano de atenção a saúde indígena está sendo elaborado. Em colaboração com as regionais, e deverá ser lançado até o meio do ano que vem. “O local, com diferentes características do resto do Brasil precisa de atenção diferente”, pontuou o ministro.

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