A pele imprimida é totalmente funcional, ela pode ser utilizada nas cirurgias médicas, bem como para testar produtos cosméticos

Por Redação, com Sputnik – de Madri

Cientistas espanhóis apresentaram uma impressora 3D especial, capaz de imprimir pele completamente idêntica à do homem. Como anunciou a revista Science New Journal, a equipa de cientistas da Universidade de Carlos III de Madri, do Centro de Pesquisas Energéticas, do Meio Ambiente e Tecnologias (CIEMAT) e do Hospital Universitário Gregório Maranon de Madrid elaboraram uma impressora 3D que utiliza materiais biológicos. 

Cientistas espanhóis apresentaram uma impressora 3D especial, capaz de imprimir pele completamente idêntica à do homem

A impressora 3D elaborada pelos cientistas é capaz de imprimir pele absolutamente idêntica à pele humana. Como mostraram os pesquisadores, a pele imprimida é totalmente funcional, ela pode ser utilizada nas cirurgias médicas, bem como para testar produtos cosméticos.

Segundo os cientistas, foi essencial compreender como utilizar os materiais biológicos para que as células pudessem funcionar. A pele imprimida reproduz a estrutura da pele humana real. A empresa BioDan Group, que participou da realização deste projeto, pretende colocar o produto no mercado.

Híbrido de humano e porco

Uma equipe internacional de cientistas diz ter criado um ser híbrido meio humano meio porco através de uma experiência. Cujos resultados foram publicados na revista Cell.

Juan Carlos Izpisua Belmonte, que lidera a equipe de pesquisa, disse que o objetivo da pesquisa é criar “tecidos funcionais ou órgãos que possam ser transplantados”.

Para realizar o experimento, os cientistas introduziram células-tronco humanas em embriões de um porco em um estágio inicial de desenvolvimento. Permitindo-lhes criar cerca de 2 mil híbridos que depois foram introduzidos no corpo de uma porca, 186 deles se convertem em embriões híbridos.

Ali permaneceram durante 28 dias, período corresponde ao primeiro trimestre de gestação destes animais, após o qual extraíram o feto, terminando assim o processo.

Belmonte disse que basta este período para que os embriões se desenvolvam suficientemente de maneira a que os cientistas possam analisá-los sem “preocupações éticas”. De acordo com o cientista, a possibilidade de um animal com células humanas nascer é algo que poderia causar problemas fora do mundo científico. “A sociedade tem de decidir o que se deve fazer”, ressalta.

Entretanto, este experimento, o primeiro que permitiu cruzar células de duas espécies muito diferentes. Poderá oferecer novas oportunidades à ciência para investigar doenças diferentes e como elas afetam o corpo humano.

Os cientistas esperam que estes experimentos abram caminho para pesquisar métodos de criação de órgãos. Para transplantes gerados a partir de células do próprio receptor. Assim, a rejeição dos tecidos seria evitada, resolvendo o problema da falta de doações de órgãos no mundo.

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