As investigações da Polícia Federal partiram de denúncias que um estabelecimento comercial da cidade estaria retendo cartões bancários dos indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru.
Por Redação, com ACS – de Brasília
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta sexta-feira, a operação Liberdade, que visa combater o crime de estelionato na cidade de Dourados, praticado por estabelecimento comercial com a retenção de cartões de indígenas referentes a programas sociais.
A ação visa combater a retenção ilegal de cartões bancários de indígenas das aldeias Bororó e JaguapiruAs investigações da Polícia Federal partiram de denúncias que um estabelecimento comercial da cidade estaria retendo cartões bancários dos indígenas das aldeias Bororó e Jaguapiru e com isso auferindo vantagem indevida por vincular que os indígenas seriam obrigados a comprar somente em seus estabelecimentos.
Mediante representação da Delegacia de Polícia Federal de Dourados a Justiça Federal, determinou-se a busca e apreensão de cerca de mil cartões dos indígenas e equipamentos eletrônicos que estariam armazenando as senhas desses cartões, como computador, tablet, celular e/ou documentos com as senhas.
Segundo relato dos próprios indígenas, os cartões ficavam em poder da loja juntamente com as respectivas senhas e que eram os proprietários do estabelecimento que faziam os saques dos valores e somente devolvia os cartões aos indígenas após quitação de toda a dívida. Os principais crimes investigados são estelionato e associação criminosa. Durante a operação, foram resgatados 48 cartões e um celular.
Migração ilegal
Nesta sexta-feira, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal de Vitória-ES, em uma operação de combate à migração ilegal para a Europa.
Durante as investigações, foi constatado que uma agência de viagens de Vila Velha-ES promovia a migração ilegal por meio da emissão de passagens para países europeus com retorno simulado.
Os interessados compravam pacotes de viagem com objetivo de utilizar apenas o trecho de ida, já que as passagens de volta eram canceladas assim que o cliente passava pela imigração no estrangeiro.
A agência, deliberadamente, oferecia um serviço especializado para as pessoas que desejavam imigrar ilegalmente para a Europa. Eram emitidas passagens de ida e volta apenas para ludibriar as autoridades migratórias, evitando que não fossem admitidos nos países de destino por ausência de retorno comprovado.
A agência, sabedora das intenções de migração ilegal, cobrava o valor correspondente ao trecho de ida e mais um percentual para que emitisse e, posteriormente, cancelasse a volta.
Os investigados poderão responder pelo crime de promoção à migração ilegal, sem prejuízo de outros crimes que porventura venham a ser constatados até o final da investigação, como, exemplificativamente, associação ou organização criminosa.