A operação, chamada Águas Claras, foi deflagrada após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro
Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro:
A Polícia Federal prendeu cinco pessoas nesta quinta-feira como parte de uma investigação sobre um suposto esquema de fraude com recursos públicos repassados à Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) para o desenvolvimento esportivo, que pode ter desviado até R$ 40 milhões.

Prova de natação durante os Jogos Olímpicos Rio 2016
A operação, chamada Águas Claras, foi deflagrada após denúncias de atletas, ex-atletas e empresários do ramo esportivo brasileiro. De acordo com nota oficial da Polícia Federal.
Além dos cinco mandados de prisão, foram cumpridos ainda quatro mandados de condução coercitiva e 16 de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Criminal Federal de São Paulo.
A PF não revelou as identidades das pessoas presas ou levadas para prestar depoimentos.
Recursos públicos
– Há indícios de um esquema de desvios de recursos públicos captados por meio de convênios e leis de fomento ao esporte, sem a devida aplicação. Conforme previsto em lei e nos contratos assinados – afirmou a Polícia Federal.
Segundo o inquérito policial, os valores eram “mal geridos ou desviados para proveito pessoal dos investigados”. Acrescentou a PF, esclarecendo que, apesar de a CBDA ser uma entidade privada, a confederação recebe recursos públicos federais. Portanto está submetida à Lei de Licitações e seus agentes são considerados funcionários públicos para efeitos penais.
Em setembro do ano passado, o Ministério Público Federal já havia apresentado à Justiça uma ação contra dirigentes da CBDA. Incluindo o presidente Coaracy Nunes Filho, que dirige a confederação desde 1988. Por suspeita de fraude em licitação para a compra de itens esportivos.
Responsável por cinco modalidades olímpicas. Natação, polo aquático, saltos ornamentais, nado sincronizado e maratona aquática. A CBDA conquistou apenas uma medalha nos Jogos do Rio, um bronze com a nadadora Poliana Okimoto na maratona aquática.
Carro-chefe da confederação, a natação ficou sem medalhas em uma Olimpíada pela primeira vez desde os Jogos de Atenas 2004.
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