Entre os crimes apurados estão peculato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal (DF) realizaram nesta quinta-feira a operação “Trackcare”, que investiga a emissão de atestados médicos para abonar faltas de servidores. Dois inveestigados, o auxiliar de enfermagem Marcelo Cereja e a enfermeira Daniella de Toledo foram conduzidos coercitivamente para prestar depoimentos. Ainda hoje também devem ser cumpridos seis mandados de busca e apreensão.

A Polícia Civil e o Ministério Público do Distrito Federal (DF) realizaram nesta quinta-feira a operação “Trackcare”, que investiga a emissão de atestados médicos
A determinação partiu da Vara Criminal do Guará. Os mandados foram cumpridos no Centro de Saúde 3 do Guará II e nas residências dos envolvidos. De acordo com a investigação, além dos atestados. Os servidores estariam usando carimbos de médicos da Secretaria de Saúde para falsificar também receitas de medicamentos.
Entre os crimes apurados estão peculato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa. As investigações também apuram se dois sistemas de informática da secretaria, o Forponto e o Trackcare, foram violados de forma premeditada.
Hospital de São Paulo
O Ministério do Trabalho notificou o Hospital das Clínicas (HC) de São Paulo, na última semana de novembro. Por não pagar salários e manter 56 trabalhadores, dos quais 33 haitianos. Em condições precárias de higiene e segurança, em uma obra de reforma da instituição.
No total, foram lavrados 17 autos de infração para o hospital e 11 para a prestadora contratada. Incluindo três relacionados ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), informou no dia anterior o ministério.
A fiscalização começou após denúncia de trabalhadores da obra que procuraram a polícia. O Ministério do Trabalho apurou que pelo menos R$ 225 mil em salários e rescisões não foram pagos desde abril deste ano, quando a obra teve início.
Constatou-se ainda que os trabalhadores não tinham refeitório, vestiário e banheiro no local. Além disso, segundo o ministério, foram encontrados equipamentos de proteção sem condições de uso e materiais corrosivos armazenados incorretamente.
Fiscais do ministério fizeram duas visitas ao hospital e uma à empresa prestadora, a partir do final de outubro. Depois disso, os prazos para regularizarem a situação expiraram. “Fizemos tudo para que o hospital e a empresa regularizassem a situação. Mas eles não apresentaram justificativas, nem deram explicações para as irregularidades”. Disse, em nota, o coordenador de Fiscalização do Trabalho Escravo da Superintendência Regional do Ministério do Trabalho em São Paulo (SRTE/SP), Sérgio Aoki.
Na próxima semana, o superintendente Regional do Trabalho e Emprego em São Paulo (SRTE/SP), Eduardo Anastasi. Ele promoverá uma reunião com as partes envolvidas direta e indiretamente no caso na tentativa de encontrar uma solução, segundo informações do ministério.
À Agência Brasil solicitou posicionamento do HC e aguarda resposta.
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