A polícia acredita que eles faziam a escolta do soldado da Polícia Militar, também preso ontem por transportar ilegalmente mais de 3 mil munições de calibre 9 mm, de uso restrito
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Equipes das polícias Federal e Rodoviária Federal prenderam mais três homens suspeitos de tráfico de munição, na Rodovia Presidente Dutra (BR-116).

Polícia prende suspeitos de ajudar PM em tráfico de munição
A polícia acredita que eles faziam a escolta do soldado da Polícia Militar, também preso ontem por transportar ilegalmente mais de 3 mil munições de calibre 9 mm, de uso restrito.
Os três, que são irmãos, foram presos logo depois da prisão do PM, quando as polícias Federal e Rodoviária montaram um cerco na rodovia. Eles estavam em um veículo nas proximidades de Piraí, no sul fluminense.
Os quatro foram indiciados por tráfico de armas e associação criminosa, segundo informações divulgadas pela Polícia Rodoviária Federal.
Munições 9mm
Um policial militar do Rio de Janeiro foi preso na segunda-feira transportando ilegalmente 3,5 mil munições calibre 9 milímetros (mm), de uso restrito da Polícia Federal e das Forças Armadas.
O PM foi flagrado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Rodovia Presidente Dutra, em Itatiaia, na região sul do Rio de Janeiro, e se identificou como Bruno César Macedo de Jesus. A Polícia Militar informou que o policial é lotado no 5º BPM e está há quatro anos na corporação.
PRF
Segundo a PRF, ao ser abordado, o policial militar demonstrou nervosismo, o que despertou suspeitas. A ação faz parte da Operação Égide, que reforça o policiamento nas rodovias federais do Rio de Janeiro com objetivo de reduzir o crime, incluindo tráfico de drogas e de armas e o roubo de cargas.
Segundo nota da PM, o policial foi preso e levado à Corregedoria Interna da corporação, que o encaminhou para a Polícia Federal. O uso de munição 9mm não é permitido no policiamento convencional. O calibre é muito utilizado por criminosos, principalmente traficantes e milicianos.
Policiais militares
O o sargento da Polícia Militar (PM) Fabio Cavalcante e Sá foi vítima de disparos de arma de fogo no sábado, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Este foi o centésimo policial morto desde o início do ano.
De acordo com a Polícia Militar, o agente chegou a ser levado para a Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de Nilo Peçanha, em Duque de Caxias, mas não resistiu aos ferimentos. Equipes do 21ºBatalhao (São João de Meriti) estão no local para apurar mais informações e tentar localizar suspeitos.
A violência no Rio tem deixada cada vez mais vítimas. Sobretudo, moradores de comunidade pobres. Somente na favela do Jacarezinho, Zona Norte; foram sete mortes de civis nas duas últimas semanas.
A Justiça do Rio cancelou o mandado de busca e apreensão que permitia à polícia ingressar em qualquer residência da favela do Jacarezinho; e em outras quatro comunidades da região norte da cidade. Um policial civil também foi morto na localidade na semana passada.
Por causa da violência, a Secretaria Estadual de Educação suspendeu as aulas em 15 escolas da região por tempo indeterminado.
No sábado também, moradores das favelas mais atingidas pela violência realizaram um dia de mobilização pelas redes sociais com a hashtagvidasnafavelaimportam.
Carta aberta
Em carta aberta publicada no site da corporação, o Comandante Geral da Polícia Militar (PM), Wolney Dias. Disse que o sentimento é de tristeza pelas perdas e de revolta “pela omissão de grande parte da sociedade que se nega a discutir com profundidade um tema de tamanha relevância”. O comandante criticou a “mídia tradicional” por; segundo Dias, estar esperando ansiosamente pelo número 100 de policiais mortos e disse que as vítimas “não são apenas números”.
Ainda segundo ele, um criminoso portando um fuzil de guerra; e atacando um policial deve ser tratado como terrorista e a PM não pode ser responsabilizada pela crise econômica e pela falta de investimento em projetos sociais.
– Cabe à Polícia Militar enfrentar os efeitos de todos esses indutores de violência. Somos a última barreira entre a ordem e o caos. Estamos fazendo o possível e o impossível para ampliar ao máximo o policiamento ostensivo. E pagando injustamente uma conta que não é apenas nossa. É de todos – diz o a carta. “A sociedade precisa fazer a sua parte. Precisa refletir com seriedade sobre as causas da violência; e se mobilizar para construir um novo cenário. A mídia tem um papel fundamental como força aglutinadora”.
Devido à gravidade da crise de segurança pública no Estado, as Forças Armadas têm atuado em algumas comunidades do Rio de Janeiro, desde 28 de julho; com previsão de permanência até o fim do ano que vem. Na semana passada especialistas em segurança pública e integrantes da sociedade civil organizada criaram uma comissão para monitorar os impactos das ações das forças federais no estado.
Crime
Em nota, o Governo do Rio informou que lamenta a morte do sargento e se solidariza com a família e amigos do PM; e de todos os colegas policiais assassinados. “Um criminoso que porta fuzil e mata policial deve ser tratado como terrorista; e o Estado defende o endurecimento da legislação penal.
Segurança é prioridade para o nosso governo, que promoveu mudanças recentes na política de pacificação visando, sobretudo, à preservação da vida. Os governos estadual e federal; integrados, vêm lutando para salvar vidas”, diz a nota. Ainda segundo o governo de Luiz Fernando Pezão; diversas ações já tiveram início,”no entanto os amplos resultados não são imediatos”.
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