A Bolsa de Valores de Tóquio transferiu as ações da Sharp para o segundo grupo no mês de agosto, após a fabricante de eletrônicos reportar ativos líquidos negativos
Por Redação, com Reuters – de Tóquio:
O presidente da Sharp, Tai Jeng-wu, informou nesta segunda-feira que renunciará ao cargo assim que a fabricante japonesa de eletrônicos voltar a ser lucrativa em termos líquidos e suas ações retornarem ao primeiro nível da Bolsa de Tóquio.

O presidente da Sharp, Tai Jeng-wu, informou nesta segunda-feira que renunciará ao cargo
Tai, vice-presidente da Foxconn, assumiu o comando da Sharp. Depois que a empresa taiuanesa, oficialmente conhecida como Hon Hai Precision Industry, adquiriu o controle da companhia japonesa.
A Bolsa de Valores de Tóquio transferiu as ações da Sharp para o segundo grupo no mês de agosto. Após a fabricante de eletrônicos reportar ativos líquidos negativos. Com os passivos excendendo os ativos, no ano encerrado em março.
O resultado foi impactado pela queda das vendas de painéis de smarthphones. Por despesas com reestruturação. Desde então, contudo, a Sharp vem se recuperando com a ajuda da injeção de capital feita pela Foxconn.
Um porta-voz da Sharp disse que a companhia tinha a meta de retornar ao primeiro grupo da Bolsa de Tóquio em meados de 2018, mas não entrou em detalhes.
A empresa vem se esforçando para voltar a ser lucrativa. Mas ainda deve permanecer no vermelho no ano fiscal que se encerrará em março de 2017. A expectativa é de que a Sharp tenha prejuízo líquido de 41,8 bilhões de ienes (US$ 368 milhões) no período, amargando assim três anos consecutivos de resultado negativo.
Analistas do setor preveem que a Sharp voltará a ter lucro líquido no próximo ano fiscal que começa em abril. Com a estimativa média de nove analistas ouvidos pela Thomson Reuters apontando um resultado líquido positivo de 7,5 bilhões de ienes.
Panasonic
A Panasonic está em negociações para comprar a fabricante europeia de dispositivos de luz para automóveis ZKW. Acelerando sua investida no mercado de eletrônicos para carros. Disse uma pessoa com conhecimento do assunto.
O acordo pode chegar a US$ 1 bilhão e as duas empresas podem assiná-lo ainda neste mês, de acordo com reportagem do jornal Nikkei nesta segunda-feira.
– A ZKW está entre os vários acordos que a Panasonic avalia – disse a fonte, que pediu para não ser identificada. “Mas nenhum negócio foi decidido e o acordo pode não se materializar”, afirmou.
A aquisição da ZKW permitiria a expansão da linha automotiva da japonesa Panasonic, que atualmente se concentra em baterias e sistemas de navegação. Num momento em que a empresa muda seu foco para clientes corporativos. A fim de escapar da concorrência de preços com outras fabricantes de eletrônicos.
Em comunicado, a Panasonic informou que o acordo ainda não havia sido anunciado e evitou tecer outros comentários.
A ZKW, que empregava mais de 5.900 pessoas ao fim do ano passado em suas unidades na Áustria, Índia, República Tcheca, Eslováquia, China, Estados Unidos e México, também se recusou a comentar.
A Panasonic destinou 1 trilhão de ienes (US$ 8,8 bilhões) para investimentos estratégicos. Incluindo fusões e aquisições, nos quatro anos encerrados em março de 2019. Do total, 70 % já foi atribuído a acordos específicos, de acordo com a empresa.
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