A ancoragem das expectativas é o que abre espaço para flexibilização nos juros, sendo que o BC avalia que avançou bastante nessa frente
Por Redação – de Brasília
Presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn afirmou, nesta quarta-feira, que a autoridade monetária está sensível ao nível de atividade econômica. E a ancoragem das expectativas é o que abre espaço para flexibilização nos juros, sendo que o BC avalia que avançou bastante nessa frente. Ao ser questionado sobre as incertezas no ambiente político em café da manhã com jornalistas, Goldfajn afirmou que é preciso ter serenidade no momento. E que o importante é ver as reformas sendo aprovadas.

Durante sabatina, Ilan Goldfajn, presidente do BC, destacou ainda que haverá “respeito ao regime de câmbio flutuante”
Goldfajn reforçou, ainda, a sinalização de que a intensidade do processo de afrouxamento monetário deve crescer em breve.
— Acho que em termos da ancoragem, na verdade uma reancoragem das expectativas, a gente avançou bastante. Isso vai se mostrar um benefício para frente. Uma vez que as expectativas estão ancoradas você pode ter flexibilidade de olhar como a atividade está te afetando — disse.
Copom
Segundo ele, a esperada estabilidade na economia não aconteceu no momento esperado. Ele defendeu que a recuperação será “gradual” da atividade. Pela ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) divulgada na véspera, o BC revelou que discutiu aumentar o ritmo de cortes da taxa básica de juros. Na semana passada, com alguns dos membros do colegiado, defendeu que a evolução favorável da inflação, a aprovação inicial de medidas fiscais e o ritmo fraco da economia justificariam movimento mais intenso de redução da Selic.
— Se o cenário do Copom estiver certo, se de fato caminhar na direção que se pensava, que é a direção dessas medidas que eu falei, provavelmente teríamos a intensificação da flexibilização, que seria uma continuidade dos passos atuais para um primeiro passo no ano que vem — afirmou Ilan nesta quarta.
Na quarta-feira passada, o BC cortou a Selic em 0,25 ponto percentual pela segunda vez consecutiva, a 13,75% ao ano. Questionado sobre as incertezas no ambiente político, Goldfajn afirmou que é preciso ter serenidade. E que o importante é ver as reformas sendo aprovadas.
Selic
— Em relação a se mudou nossa visão desde o comunicado, a ata, não mudou. Nós temos serenidade. A gente tem que olhar para frente de uma forma serena. O importante é que as reformas sejam aprovadas, o importante é que a inflação continue caindo. O importante é que as expectativas de inflação continuem ancoradas — disse.
Com as mensagens recentes da autoridade monetária, o mercado passou a consolidar apostas de redução mais forte da Selic, de 0,5 ponto percentual, na próxima reunião do Copom, em janeiro.
O post Presidente do BC quer que juros caiam o quanto antes apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.