Na semana passada, o BC decidiu dar sequência ao ciclo de afrouxamento dos juros com mais um corte de 0,25 ponto percentual, levando-a a 13,75% ao ano
Por Redação – de Brasília
O Banco Central (BC) cogita aumentar o ritmo de cortes da taxa básica de juros na semana passada. Alguns dos membros do Comitê de Política Monetária (Copom) apontam a evolução favorável da inflação. Levam em conta, ainda, a aprovação inicial de medidas fiscais. E o ritmo fraco da economia justificariam o movimento.
As taxas de juros médias do crédito consignado estão entre 25% e 30% ao ano no setor público e para os aposentados
No entanto, outros membros argumentaram que a evolução de “alguns componentes da inflação mais sensíveis à atividade econômica e à política monetária continuava indicando pausa”. Acreditam que o cenário externo ficaria mais sensível para as economias emergentes.
“Esses mesmos membros ponderaram, entretanto, que é razoável esperar uma intensificação do processo de flexibilização monetária. Caso a atividade econômica não dê sinais mais claros de retomada, posto que nesse caso as projeções de inflação devem se reduzir”, trouxe a ata do Copom. A ata foi divulgada nesta terça-feira.
Indústria protesta
Na semana passada, o BC decidiu dar sequência ao ciclo de afrouxamento da Selic com mais um corte de 0,25 ponto percentual. Levou-a a 13,75% ao ano.
Logo após a última decisão do Copom, as federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e do Estado do Rio (Firjan) comentaram a decisão. O colegiado reduziu, na noite passada, a taxa Selic em 0,25 ponto percentual, para 13,75% ao ano.
De acordo com a Fiesp, a redução foi “pífia” e condena o país à estagnação. “É muita recessão para um corte pífio de Selic. Não há dúvida de que são necessários cortes mais agressivos da taxa de juros. Ao optar por cortes de 0,25 pp (ponto percentual), o Banco Central sabota a retomada de crescimento da economia”, disse a Instituição. A nota foi assinada pelo presidente da instituição, Paulo Skaf.
Juros altos
A medida condena o país “à estagnação para os próximos anos”. E produz a ampliação “no número de desempregados”, acrescenta Skaf. A Fiesp destacou, ainda, que o resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma das riquezas produzidas no Brasil) brasileiro, divulgado na véspera, mostra que a retração econômica se aprofundou no terceiro trimestre.
“Trata-se de uma decisão incompreensível. Basta levarmos em conta os dados mais recentes de nossa economia. O PIB brasileiro já acumula queda de 7% em relação a 2014”, diz a nota.
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