A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal, incluindo parcela própria e dos parceiros, cresceu 4% em agosto ante o mês anterior
Por Redação – de São Paulo
A produção de petróleo da Petrobras no Brasil em agosto bateu recorde histórico, atingindo média de 2,22 milhões de barris por dia, ante 2,196 milhões em julho, informou a estatal nesta segunda-feira. A Petrobras ainda atingiu nova marca diária em 19 de agosto, com volume de 2,33 milhões de bpd, superando o recorde diário anterior, de 22 de dezembro de 2014, de 2,30 milhões de bpd.
A produção total de petróleo e gás natural da companhia em agosto foi de 2,84 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2,72 milhões de boed produzidos no Brasil e 0,12 milhão de boed no exterior.
“A venda dos ativos na Argentina impactou a produção internacional, resultando em uma redução de 1,4% na produção total da companhia”, destacou a Petrobras em comunicado, em uma comparação com os resultados de julho.
A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras na camada pré-sal, incluindo parcela própria e dos parceiros, cresceu 4% em agosto ante o mês anterior, alcançando novo recorde mensal, no valor de 1,36 milhão de boed.
“Esse resultado se deve, principalmente, à interligação de novos poços e ao crescimento da produção dos poços já interligados aos FPSOs Cidade Maricá e Cidade de Saquarema, ambos instalados no campo de Lula, no pré-sal da Bacia de Santos”, disse a Petrobras.
Opep eleva
a produção
Horas após o comunicado da Petrobras, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) elevou sua previsão de oferta de petróleo de países de fora do grupo em 2017 à medida que novos campos entrarão em operação e com empresas que extraem óleo de xisto nos EUA mostrando-se mais resilientes do que o esperado, indicando um maior excedente no mercado no próximo ano.
Já a demanda por petróleo da Opep deverá ficar na média de 32,48 milhões de barris por dia (bpd) em 2017, disse a organização em um relatório mensal nesta segunda-feira. O volume ficou abaixo da previsão anterior, de 33,01 milhões de bpd. A perspectiva de um maior excedente de petróleo aumenta o desafio da Opep e outros países, como a Rússia, que estão realizando uma nova tentativa de restringir produção.
O barril do petróleo está sendo negociado na faixa de US$ 47, metade nos níveis de meados de 2014. A expectativa da Opep tem sido de que os baixos preços da commodity desestimulem e eliminem parte da produção ao redor do planeta. A Opep revisou suas previsões para 2016 e 2017 em países fora do grupo, citando fatores que incluem o início da produção no campo de Kashagan, no Cazaquistão, e um declínio menor que o esperado na produção de xisto nos EUA, e afirmou que a perspectiva de curto prazo é de mais produção.
“Espera-se que haverá uma produção maior fora da Opep no segundo semestre de 2016 na comparação com o primeiro”, disse a Opep, no relatório. A Opep estimou que a oferta de outros países suba 200 mil bpd em 2017, ante uma previsão anterior de um declínio de 150 mil bpd.
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