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Protesto em Curitiba termina em ação truculenta da PM contra manifestantes

February 7, 2017 13:55 , par Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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PMs usaram bombas de efeito moral, gás pimenta e balas de borracha contra os manifestantes que participavam do protesto

Por Celso Nascimento e agências de notícias – de Curitiba:

Terminou em violência o protesto contra o aumento na tarifa de ônibus em Curitiba, realizado na noite anterior. Dois cobradores foram agredidos e catracas acabaram quebradas por vândalos infiltrados entre os manifestantes, disse a administração municipal.

Terminou em violência o protesto contra o aumento na tarifa de ônibus em Curitiba, realizado na noite anterior

Terminou em violência o protesto contra o aumento na tarifa de ônibus em Curitiba, realizado na noite anterior

PMs usaram bombas de efeito moral, gás pimenta e balas de borracha contra os manifestantes que participavam do protesto. A deputada estadual e ex-ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos Maria do Rosário (PT) criticou a ação da polícia nas redes sociais.

– Tropa de choque atira em manifestantes contra aumento abusivo do ônibus que passa a R$ 4,25. Lutar é um direito – escreveu a ex-ministra.

Um dos organizadores do protesto, o grupo CWB Resiste, postou o relato e fotos de um manifestante que teve as duas pernas feridas. Ele afirmou que estava em um cordão de isolamento feito pelo grupo para evitar que os carros invadissem a passeata.

De acordo com o militante, os policiais não foram atrás dos “agitadores” que estavam depredando os bancos. Mas passaram a atirar nas pessoas que estavam no cordão de isolamento.

– Eu fui atingido por uma bomba pelas costas e meus companheiros também. Fomos perseguidos e massacrados pela polícia de Greca e Beto Richa – conta, em crítica ao prefeito de Curitiba e ao governador do Estado.

Em nota, a Urbs, empresa que gerencia o transporte público na capital de Curitiba, disse que lamenta os atos de vandalismo que ocasionaram a invasão e depredação de estacões-tubo.

Reajuste da passagem de ônibus

Mistérios insondáveis ainda rondam a repentina decisão do prefeito Rafael Greca de antecipar em um mês o reajuste da passagem de ônibus, com o agravante de elevá-la de R$ 3,70 para R$ 4,25 numa só pancada.

Não à toa, passageiros reclamam do aumento bem acima da inflação num momento de desemprego brutal e acentuada queda de renda da população.

Greca dá pistas para desvendar o primeiro mistério ao, repetidamente. Afirmar que “as coisas custam o que custam. Nem mais nem menos; o justo”. Entretanto, ainda sonega ao distinto público informações sobre como chegou ao valor “justo” que decretou e pôs em vigor desde segunda-feira.

Teria levado em conta estudos técnicos da Urbs, transparentes e debatidos com a comunidade. Ou apenas atendeu às concessionárias que reivindicavam tarifa técnica. Aquela que efetivamente entra no cofre das empresas, próxima do valor agora definido?

Segundo a prefeitura, com o aumento será possível. Por exemplo, substituir até o fim do ano os 290 ônibus sucateados que rodam pela cidade. Até já foram encomendados à indústria com promessa de entrega em seis meses. Por contrato, a responsabilidade de adquirir os veículos é das empresas, logo, chegou-se a uma tarifa que tornará possível a elas cumprir a obrigação.

Sinal

O primeiro sinal de que pode ter havido um acordo prévio com as concessionárias será confirmado se, em breve, elas desistirem da ação judicial. Deferida liminarmente e ainda em vigor, que as desobrigava de renovar a frota. Será sintoma de que uma tarifa técnica próxima dos R$ 4,25 está de bom tamanho. Inclusive para a recuperação dos alegados prejuízos que teriam acumulado nos anos Fruet.

Menos do que isso seria impossível, pois como afirmou o prefeito em sua página no Facebook, subsídio nem pensar. “A política de subsidiar o transporte com dinheiro público municipal foi anestesia que não funcionou, e apenas adiou responsabilidades.” Escreveu, contrariando a história de que a criação dos subsídios teve início em 2011. Com o governador Beto Richa, nos tempos em que pretendia eleger Luciano Ducci prefeito em 2012.

Esta prática terminou em Curitiba quando houve a desintegração do sistema. Mas o subsídio estadual se manteve nas linhas metropolitanas operadas em caráter precário por empresas permissionárias, nunca licitadas.

Outro mistério ainda não revelado diz respeito à prometida reintegração metropolitana até julho. Próximo, tarefa conjunta da prefeitura de Curitiba (Urbs) e do governo estadual (Comec). Reintegração válida, porém, só tem sentido se não for apenas operacional. Mas sobretudo se a tarifa for igual para todas as linhas. Tarefa que exigirá uma reengenharia financeira do sistema. Já que as tarifas vigentes nos municípios vizinhos são mais altas do que a praticada em Curitiba.

Uma simples média aritmética embute duas ameaças: ou a passagem de Curitiba sofrerá novo aumento. Ou alguém vai ter de subsidiar a diferença. O mais provável é que a opção seja pela primeira hipótese, mas a segunda, por decisão político-eleitoral não deve ser descartada.

Reintegração

Há ainda mais: a reintegração também está sendo pensada com a unificação da administração dos sistemas urbano de Curitiba e metropolitano. Isto é, uma só empresa pública substituiria as duas existentes, Urbs e Comec. É por esta solução que torcem os empresários do transporte por lhes dar oportunidade de também unificar os sistemas de bilhetagem.

As linhas metropolitanas têm a sua própria bilhetagem, operada pelo consórcio Metrocard. Que transfere diretamente às empresas as receitas diárias. Em Curitiba, o dinheiro dá dois passos. Primeiro entra na Urbs, que depois o transfere para as concessionárias urbanas com o valor da tarifa técnica. E descontadas as multas por deficiências na qualidade do serviço.

Substituindo-se o meio de transporte, vale para o futuro do transporte coletivo da grande Curitiba a frase do Barão de Itararé: “há algo no ar além dos aviões de carreira”.

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