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Recife: aplicativos usam tecnologia a favor de causas sociais

August 21, 2016 12:07 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Entre os projetos selecionados, alguns buscam investidores para começar a funcionar e há os que já saíram do papel

Por Redação, com ABr – de Brasília:

 

Um aplicativo para ajudar mulheres a sair de relacionamentos abusivos, outro para alfabetizar crianças com deficiência ou dificuldade de aprendizagem, um que atua na geração de dados para localizar e prevenir epidemias. Com temas diferentes, esses projetos têm uma coisa em comum: usam a tecnologia para ajudar a resolver problemas coletivos, um dos principais focos da Campus Party Recife.

Área de startups da Campus Party Recife integra a programação pública do evento, que também tem palestras gratuitas

Área de startups da Campus Party Recife integra a programação pública do evento, que também tem palestras gratuitas

O evento de inovação e tecnologia realizado neste fim de semana na capital pernambucana abriu espaços para atividades que discutem como usar o conhecimento tecnológico para atuar em causas sociais de diversas áreas. Há também uma área de exibição de 20 startups, embriões de empresas com ideias inovadoras em busca de um modelo de negócio viável, na parte pública do evento, onde também ocorrem palestras gratuitas sobre empreendedorismo.

Entre os projetos selecionados, alguns buscam investidores para começar a funcionar e há os que já saíram do papel, como o aplicativo criado pela empresa Epitrack que usa informações enviadas por usuários para ajudar na identificação de possíveis focos epidêmicos de doenças como a dengue e a zika.

– Éramos um grupo de pesquisa dentro da Fundação Oswaldo Cruz e observamos que o nosso modelo de juntar tecnologia com saúde pública estava conseguindo chamar a atenção de outras pessoas que queriam nos contratar. Aí a gente pensou em formular a Epitrack para oferecer isso de uma maneira mais escalável para a sociedade – contou o CEO [Chief Executive Officer, na sigla em inglês) e cofundador da Epitrack, Onício Leal.

Por meio do aplicativo, o cidadão fornece informações sobre os sintomas que está sentindo e informa detalhes para ajudar a localizar a origem do problema, como viagens ao exterior ou o contato com alguém que estava doente. O aplicativo registra a localização do usuário, analisa os dados enviados por milhares de pessoas – epidemiologistas fazem parte da equipe – e fornece a análise para entes públicos que contrataram o serviço, como a prefeitura do Recife e o Ministério da Saúde.

Segundo Leal, o instrumento pode ajudar os gestores a tomar decisões, inclusive de forma preventiva, já que reúne dados tradicionalmente colhidos em pesquisas que levam mais tempo para serem realizadas. “A velocidade que a tecnologia proporciona fazer isso em relação aos meios tradicionais é muito grande. Então você consegue ter a informação em tempo mais oportuno, proporcionando uma velocidade maior de resolução daquele problema social”. No aplicativo, os usuários têm à disposição orientações sobre saúde e endereços de Unidades de Pronto Atendimento (UPA) próximas.

Acolhimento e informação

Outras iniciativas apresentadas no evento ainda dependem de financiamento para começar a funcionar, como o Mete a Colher, que nasceu em um grupo feminista para auxiliar mulheres a sair de relacionamentos abusivos. O projeto foi elaborado para estimular vítimas a denunciar violência doméstica e funciona como uma página no Facebook que une pessoas que precisam de ajuda àquelas que se dispõem a ajudar.

A intenção agora é criar um aplicativo de atuação nacional. “Vimos que a necessidade maior é justamente empoderar mulheres para sair do relacionamento. Antecipar toda essa cadeia de ajuda, mostrar os caminhos necessários. Uma mulher que está passando por isso não sabe o que fazer, quem procurar”, disse uma das idealizadoras do projeto, Thaísa Queiroz.

O aplicativo feminista pretende oferecer quatro serviços: atendimento psicológico, assistência jurídica, inserção no mercado de trabalho e acolhimento emergencial das mulheres para que possam sair de casa. A tecnologia, nesse caso, vai automatizar um serviço que atualmente é feito pelas pessoas da equipe.

– Hoje as mulheres chegam com pedidos de ajuda pela fanpage e a gente faz a conexão com o nosso banco de dados. É um trabalho manual mesmo, mais limitado. Com o aplicativo a intenção é que a rede funcione por si só, e funcione de forma mais rápida e eficaz – disse Thaísa. O desafio é conseguir os recursos para tirar a ideia do papel. Para isso o grupo resolveu usar o financiamento coletivo pela internet.

Já o projeto Sons e Gestos aposta na conquista de investidores para financiar a criação de um aplicativo voltado à alfabetização de pessoas com deficiência ou com dificuldade de aprendizagem. O app está pronto e passa por fase de validação da tecnologia com pacientes e por meio de um projeto de piloto em uma escola do Recife. O método usado foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar que já aplica as técnicas há mais de dez anos de forma presencial.

– Como a estratégia já é aplicada em jogos físicos, a ideia é transpor as barreiras das escolas e consultórios e que os alunos fiquem mais focados para aprender. Por exemplo: a gente testou com um paciente com autismo que estava muito disperso na hora porque tinha muita gente na sala. Quando a gente mostrou o aplicativo a ele parece que o mundo parou e ele ficou concentrado no aplicativo e de primeira já acertou tudo, ficou repetindo várias vezes – conta a CEO da T-access, empresa que desenvolve a ideia, Virgínia Chalegre.

O post Recife: aplicativos usam tecnologia a favor de causas sociais apareceu primeiro em Jornal Correio do Brasil.


Source: http://www.correiodobrasil.com.br/recife-aplicativos-usam-tecnologia-a-favor-de-causas-sociais/

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