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Redução mínima nos juros terá impacto reduzido, dizem economistas

17 de Outubro de 2016, 16:09 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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A pesquisa Focus dessa semana, divulgada pelo Banco Central (BC), mostrou um leve movimento entre os economistas. Estes passaram a ver uma redução de 0,50 ponto na taxa de juros, no encontro de 29 e 30 de novembro do Comitê de Política Monetária (Copom)

 

Por Redação – de São Paulo

 

Cerca de 100 economistas de instituições financeiras mantiveram, nesta segunda-feira, a expectativa de que a taxa básica de juros será cortada em 0,25 ponto percentual esta semana. Passaram a ver, no entanto, uma redução maior na última reunião do ano do Banco Central.

inflação

O BC tem que encontrar equilíbrio ao tomar decisões sobre a taxa básica de juros, para fazer com que a inflação fique dentro da meta estabelecida pelo CMN

A pesquisa Focus dessa semana, divulgada pelo Banco Central (BC), mostrou um leve movimento entre os economistas. Estes passaram a ver uma redução de 0,50 ponto na Selic no encontro de 29 e 30 de novembro do Comitê de Política Monetária (Copom). Antes, previam o corte de 0,25 ponto antes, com a Selic encerrando o ano a 13,50%.

Para a reunião desta semana permanece a expectativa de um corte de 0,25 ponto na taxa básica de juros, atualmente em 14,25%. A perspectiva para 2017 permaneceu em 11%. Os economistas que mais acertam as previsões, reunidos no Top-5, também passaram a ver corte de 0,50 ponto na última reunião. Com a taxa básica de juros terminando 2016 a 13,50%. Para 2017 eles continuam projetando a Selic a 11,25%.

Nova previsão

O Copom anuncia sua decisão, na quarta-feira, com economistas divididos sobre o tamanho do corte esperado. Será o primeiro em quatro anos, segundo pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters. As apostas de analistas financeiros, de um corte de 0,50 ponto percentual, ganharam mais força. Isso depois que a Petrobras anunciou, na sexta-feira, a redução dos preços do diesel em 2,7% e da gasolina em 3,2% nas refinarias.

O levantamento do BC continuou mostrando redução na perspectiva para a inflação este ano, com a alta do IPCA agora projetada em 7,01%. Fica 0,03 ponto percentual a menos do que na semana anterior. A projeção para 2017, por sua vez, caiu a 5,04%, de 5,06%. A retração do Produto Interno Bruto (PIB) esperada para este ano passou agora a ser de 3,19%. Subiu, ante recuo de 3,15% previsto antes. A estimativa de recuperação em 2017 se manteve em 1,30%.

Quase nada

A redução Selic, em 0,25 ponto percentual, como preveem analistas do mercado financeiro, terá efeito pequeno nos juros do crédito ao consumidor. Pode, no entanto, manter a atratividade dos rendimentos em fundos de renda fixa em relação à poupança. A avaliação é da Associação Nacional de Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Assim como outras instituições financeiras, a Anefac prevê a redução da Selic de 14,25% para 14%, na reunião do Copom. Segundo a Anefac, o efeito da redução da Selic nas condições do crédito é pequeno, “Existe um deslocamento muito grande” entre a taxa básica e os juros cobrados dos consumidores, afirma a instituição. Para os consumidores, a taxa média chega a 158,47% ao ano, o que prova uma variação de mais de 1000% entre a Selic e os juros do crédito.

De acordo com as simulações da Anefac, os juros cobrados do comércio terão uma redução de 0,46% na taxa anual, passando de 98,95% para 98,50% ao ano. Os juros do cartão de crédito cairão 0,25% para 461,86% ao ano; os do empréstimo pessoal dos bancos de 73,52% para 73,13% ao ano; e os do empréstimo pessoal de financeiras, de 166,17% para 165,58% ao ano. A taxa média de juros passará de 158,47% para 157,90% ao ano, com redução de 0,36%.

No caso do financiamento de uma geladeira ao preço de R$ 1.500, em 12 vezes, por exemplo, o efeito da redução dos juros seria de R$ 0,20 em cada parcela e de R$ 2,35 no total.

Poupança

Para quem tem dinheiro para investir, os fundos de investimento ganham da poupança nos rendimentos quando a taxa de administração do banco for inferior a 2,5% ao ano, explica a Anefac.

A associação dá como exemplo um investimento de R$ 10 mil pelo prazo de 12 meses. Na poupança, o rendimento chegaria a R$ 847 (8,47% ao ano). No caso da poupança, não há cobrança de taxa de administração, nem de Imposto de Renda.

O mesmo investimento renderia R$ 1.056 (10,56% ao ano) em um fundo com taxa de administração de 0,5% ao ano. Ou R$ 1.003, com taxa de 1%. Ainda, R$ 938, com taxa de 1,5%. E R$ 873 com taxa de 2%; R$ 821 com taxa de 2,5% ou R$ 757 com taxa de 3%.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/reducao-minima-juros-impacto-reduzido-economistas/

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