O relatório, que deve ser entregue até a próxima sexta-feira, terá as principais denúncias apuradas pelo colegiado e, ao fim, indicará que Bolsonaro optou por negar a gravidade da pandemia, sendo conivente com práticas condenadas pela comunidade científica, explica Calheiros.
Por Redação, com Sputnik – de Brasília
Relatório da CPI está prestes a ser finalizado e deve ser entregue até a próxima sexta-feira. Calheiros reiterou que acha que a Lei do Impeachment precisa ser atualizada.
O senador Renan Calheiros (MDB-AL), relator da CPI da Covid no Senado Federal, pedirá o indiciamento do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) por prevaricação, informa o diário conservador carioca O Globo neste domingo.
À mídia, o senador afirmou que o pedido tem como base Bolsonaro não ter levado aos órgãos de investigação a denúncia sobre irregularidades na compra da vacina Covaxin contra o SARS-CoV-2.
O relatório, que deve ser entregue até a próxima sexta-feira, terá as principais denúncias apuradas pelo colegiado e, ao fim, indicará que Bolsonaro optou por negar a gravidade da pandemia, sendo conivente com práticas condenadas pela comunidade científica, explica Calheiros.
– Gabinete paralelo, imunidade de rebanho, bloqueio às vacinas e prevaricação. Essas coisas todas estarão contidas no relatório – garantiu o senador.
Enquadramento de Bolsonaro
Renan disse que “não há mais nenhuma discussão” sobre o enquadramento de Bolsonaro por crime de responsabilidade. O documento deve mostrar que o mandatário descumpriu a garantia do direito à vida e à saúde, previstos na Constituição Federal.
– Com relação ao enquadramento do presidente da República em crime de responsabilidade, a essa altura, não há mais nenhuma discussão. Existem muitas certezas – sentenciou.
Mesmo após a entrega do relatório, que deve ser votado até o fim de setembro, a CPI ainda deve prosseguir por pelo menos mais uma semana. O prazo final é 5 de novembro.