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Repressão violenta da PM atinge vítimas em todo o país

September 2, 2016 13:09 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Manifestantes enfrentam a repressão e a violência, nas ruas da capital paulista, há três madrugadas seguidas desde a queda da presidenta Dilma Rousseff

Manifestantes enfrentam a repressão e a violência, nas ruas da capital paulista, há três madrugadas seguidas desde a queda da presidenta Dilma Rousseff

A repressão mais violenta ocorreu na madrugada passada, com dezenas de vítimas dos dispositivos de contenção a multidões, usados à larga pela Polícia Militar paulista, partiu do Masp com destino à sede do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo

 

Por Redação, com Mídia Ninja – de Belo Horizonte, Caxias do Sul, RS, Rio de Janeiro, São Paulo e Viçosa, MG

 

O estampido dos rifles e suas balas de borracha, das bombas de efeito moral e do gás lacrimogêneo tem rompido o silêncio das noites e madrugadas nas principais cidades brasileiras, desde a cassação do mandato da presidenta deposta Dilma Rousseff, há pouco mais de 72 horas, no Plenário do Senado. Manifestantes foram às ruas no Rio de Janeiro, na capital paulista e centenas de outras grandes cidades, em um protesto contra o presidente de facto, Michel Temer, e contra a redução de direitos sociais.

A repressão mais violenta ocorreu na madrugada passada, com dezenas de vítimas dos dispositivos de contenção a multidões, usados à larga pela Polícia Militar paulista, partiu do Masp com destino à sede do diário conservador paulistano Folha de S.Paulo, na Rua Barão de Limeira, centro de São Paulo. No entanto, quando estava na Rua da Consolação, a manifestação foi dispersada com tiros de balas de borracha, bombas e gás pela PM.

Uma estudante foi atingida no olho e dois fotógrafos foram presos durante a manifestação. A aluna da Universidade Federal do ABC Deborah Fabri, que integra o movimento Levante Popular da Juventude, passou por exames na manhã desta sexta-feira, em uma clínica particular, e desolada informou, via redes sociais, que perdeu a visão do olho esquerdo.

Ela foi atendida durante a madrugada no Hospital das Clínicas. Uma manifestação está sendo convocada pelas redes sociais para o domingo, pela Frente Brasil Popular e Povo sem Medo. A secretaria de segurança da capital, no entanto, proibiu atos na região para a passagem da tocha paraolímpica. Nos últimos três dias, manifestações contra o governo golpista foram reprimidas pela Polícia Militar com uso de bombas de gás lacrimogênio e spray de pimenta.

Ninguém está seguro

Durante os protestos de quarta-feira, a PM também mirou e disparou bombas contra o restaurante Al Janiah, local que se tornou referência na defesa dos refugiados. No dia seguinte, novamente, a repressão passou em frente ao local procurando e perseguindo manifestantes que corriam da truculência policial no ato Fora Temer.

“Mais uma demonstração do uso da força desproporcional, bombas e o forte efeito do gás, que atingiu jovens, famílias e crianças”, relata um dos manifestantes, em uma rede social. Funcionários do bar, também integrantes do movimento Palestina Para Todos, cortaram cebolas e distribuíram para as pessoas mastigarem, ou cheiraram, exatamente como é feito na Palestina. Após o susto, o Al Janiah seguiu com seu funcionamento normal: “Aqui tem resistência!”, protesta a direção do estabelecimento.

No país

“Na madrugada desta sexta-feira, em Viçosa (MG), durante ato contra o governo golpista de Michel Temer e seus aliados, estudantes da UFV, secundaristas e trabalhadores pararam as ruas em frente a prefeitura para reivindicar todos os direitos usurpados”, relata a página do coletivo Mídia Ninja (MN), em uma rede social.

Ainda segundo os jornalistas que integram o MN, “mais de 2 mil pessoas foram para as ruas de Uberlândia MG no primeiro dia de setembro, para se manifestar contra o golpe, contra Temer e para denunciar os golpistas da região”. Além de Temer, o deputado Odelmo Leão (PP-MG) foi escrachado nas ruas pela juventude de luta e movimentos sociais organizados contra o processo golpista de retirada de direitos dos trabalhadores e estudantes do país. Não tem arrego! Dia 07 de setembro terá mais uma grande manifestação, com concentração na Praça do Fórum, com confecção de cartazes e batucada a partir das 09h”.

Em outro relato sobre a violência policial, a página do MN traz o relato do advogado Mauro Santos, espancado e torturado por policiais, após tentar auxiliar o filho na manifestação em Caxias do Sul.

“Na rua falavam baixinho que iam fazer um ‘pacotinho’, mas não entendi e disseram que tinha muita gente ali. Na delegacia, os policiais militares fizeram o tal ‘pacotinho’: algemaram com força meus braços nas costas, dobraram minhas pernas para trás por dentro das algemas e um policial sentou em cima” — escreveu Santos.

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Source: http://www.correiodobrasil.com.br/repressao-violenta-pm-atinge-vitimas-pais/

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