Alguns estabelecimentos comerciais colocaram tapumes em frente a suas vidraças, para evitar danos, caso haja confrontos como ocorreram na semana passada
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Manifestantes fizeram nesta segunda-feira um protesto no Centro do Rio de Janeiro contra o pacote de corte de gastos do governo Fluminense, que está tramitando na Assembleia Legislativa (Alerj). A manifestação ocorreu nas proximidades da Alerj, que está com policiamento reforçado.

Alguns estabelecimentos comerciais colocaram tapumes em frente a suas vidraças, para evitar danos, caso haja confrontos como ocorreram na semana passada
Alguns estabelecimentos comerciais colocaram tapumes em frente a suas vidraças, para evitar danos, caso haja confrontos como ocorreram na semana passada.
Apesar do protesto, a votação dos quatros projetos de lei prevista para esta segunda na Alerj foi adiada para a próxima quarta-feira. A mudança foi uma decisão da presidência da Assembleia, para que haja mais tempo para negociar as propostas.
Entre os projetos que tiveram votação adiada, estão o que aumenta o percentual de contribuição previdenciária dos servidores de 11% para 14% e o adiamento do reajuste salarial de servidores das polícias, agentes penitenciários e fiscais da Receita Estadual para 2020.
Os outros dois projetos que tiveram a votação remarcada para quarta-feira foram a medida que limita a despesa de pessoal dos poderes estaduais e a regulamentação dos limites do orçamento e dos repasses de duodécimos.
Na terça-feira será votado o aumento da alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para várias produtos.
Policiais civis
Policiais civis do Rio de Janeiro fizeram nesta segunda-feira paralisação nas delegacias da cidade. As unidades estão atendendo apenas os serviços básicos. Como flagrantes de homicídio e de entorpecentes. Além da liberação de guias para mortos.
O movimento dos agentes é contra a aprovação de projetos do governo que estão em votação na Assembleia Legislativa do Rio, que alteram a previdência dos servidores e adiam o pagamento de reajustes.
A paralisação foi decidida na noite da última quinta-feira, em assembleia convocada pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol). Com a presença de delegados e de outras representações de servidores do órgão.
Segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Civis do Estado do Rio de Janeiro (Sindpol). Francisco Chao, que participou pela manhã de manifestação em frente à sede da Chefia da Polícia Civil, os policiais “já estão em seu limite”.
– Estamos vivendo no limite. Claro que o país, e principalmente o nosso Estado, passam por uma crise intensa, mas não temos culpa nisso. Tudo que vem acontecendo é fruto de corrupção. Má gestão e a crise econômica que se instalou. O que não dá é ficarmos de braços cruzados assistindo passivamente tudo isso.
Chao informou que esteve reunido nesta manhã com o chefe de Polícia Civil, Carlos Augusto Leba. E com os comandantes da Polícia Militar, Bombeiros e o Secretário de Segurança Pública do Estado. Roberto Sá.
Durante o encontro, foram discutidas propostas para “amenizar” a situação da categoria. O presidente do Sindpol destacou o que chamou de “boa vontade”, por parte das autoridades. Mas se mostrou descrente quanto à realização das medidas.
– Eles propuseram algumas medidas bem intencionadas e até interessante para todos nós. Mas, antes de qualquer coisa, eu tenho que consultar a categoria. Não creio que isso seja posto em prática.
– Repito, não vejo estas propostas como se estivessem nos enganando, iludindo. Mas, sim, como uma boa vontade da parte deles. Porém, é só olhar como está o Estado. Eles dizem que não tem dinheiro, então como vão reajustar nosso salário? – questionou.
Procuradas pela Agência Brasil, a Polícia Civil e o Governo do Estado não se manifestaram.
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