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Ritmo de alta da inflação desacelera em agosto, segundo o IBGE

septiembre 9, 2016 15:48 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Mas apesar da folga na comparação mensal, essa é a taxa mais alta para meses de agosto desde 2007, quando o IPCA subiu 0,47%. Além disso, a alta da inflação acumulada em 12 meses até agosto aumentou para 8,97%, contra 8,74% até julho, muito acima do teto da meta

 

Por Redação – do Rio de Janeiro

 

A velocidade de alta dos preços dos alimentos desacelerou e ajudou a inflação oficial a perder força em agosto, mantendo a porta aberta para um corte na taxa básica de juros. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou alta de 0,44% em agosto, após subir 0,52% em julho, de acordo com dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

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Mas apesar da folga na comparação mensal, essa é a taxa mais alta para meses de agosto desde 2007, quando o IPCA subiu 0,47%. Além disso, a alta acumulada em 12 meses até agosto aumentou para 8,97%, contra 8,74% no período até julho, muito acima do teto da meta – de 4,5% pelo IPCA, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.

— Mesmo com desemprego, menos demanda, menor renda e economia devagar, ainda há um resistência da inflação provocada basicamente por pressão de custos — explicou a economista do IBGE Eulina Nunes dos Santos, citando o dólar e os efeitos do clima sobre os alimentos.

O resultado de agosto se deveu principalmente ao grupo Alimentação e Bebidas, cujos preços subiram 0,30% no mês passado, após alta de 1,32% em julho. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o IPCA apresentasse alta de 0,44% no mês e subisse 8,98% em 12 meses.

Construção mais cara

Na contramão da tendência de queda nos preços da economia brasileira, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que mede a inflação do setor no país, teve aumento de 0,24% no custo do metro quadrado em agosto, acima do 0,2% registrado em julho. O Sinapi, calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com a Caixa, acumula taxa de 5,98% em 12 meses.

O custo nacional da construção por metro quadrado subiu de R$ 1.009,76 em julho para R$ 1.012,16 em agosto. No mesmo período, a mão de obra teve inflação de 0,53%, passando de R$ 481,79 para R$ 484,33 por metro quadrado. Já os materiais de construção tiveram deflação (queda de preços) de 0,03%, passando de R$ 527,97 para R$ 527,83 por metro quadrado.

Quinze das 27 unidades da federação registraram aumento no custo da construção em agosto, com destaque para o Mato Grosso (5,06%) e Goiás (3,14%). No Acre, o custo manteve-se estável. Onze unidades tiveram queda no custo, com destaque para Minas Gerais (-0,32%).

Feijão na mesa

O feijão-carioca, que exerceu forte pressão nos últimos meses, caiu 5,60% e ajudou no alívio dos preços de alimentos. Ainda assim, acumula no ano alta de 136,57%, segundo o IBGE. Artigos de Residência, com alta de 0,36%; Transportes, com avanço de 0,27%; e Comunicação com recuo de 0,02%, também apresentaram desaceleração em agosto.
Na outra ponta, os grupos Educação e Despesas Pessoais, com altas de respectivamente de 0,99 e 0,96%, apresentaram as taxas mais elevadas no mês.

Na semana passada, o Banco Central manteve a taxa básica de juros em 14,25% ao ano –mesmo patamar há mais de um ano– e todos os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) mostraram satisfação com o progresso nas perspectivas de desinflação. Na ata da reunião, eles deixaram claro que a decisão sobre a redução nos juros básicos não levará em conta um único fator, abrindo o caminho para um corte na Selic já no próximo mês.

“A esperada reversão do choque da alta de alimentos deve contribuir para melhorar o equilíbrio de riscos para a inflação e permitir que o banco central comece a gradualmente afrouxar a postura monetária antes do final do ano”, disse em nota o diretor de pesquisa econômica do Goldman Sachs para América Latina, Alberto Ramos.

Com o BC reforçando uma postura dura no combate à inflação, economistas projetam alta de 7,34% do IPCA este ano mas uma forte desaceleração a 5,12% em 2017, de acordo com a pesquisa Focus da autoridade monetária com uma centena de economistas.

Trigo dos EUA

O Brasil contribuiu para um forte aumento nos novos negócios de exportação de trigo dos Estados Unidos na última semana, mostraram nesta sexta-feira dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que compila vendas e embarques de commodities agrícolas.

O país tem elevado suas compras nos EUA neste momento do ano em que os grãos da nova colheita ainda não estão disponíveis no mercado e após perdas de qualidade na safra de 2015. Além disso, os moinhos brasileiros estão tirando proveito dos preços em Chicago, que oscilam perto de mínimas em uma década, registradas no início do mês.

Empresas dos Estados Unidos fecharam vendas líquidas de 661,1 mil toneladas de trigo na semana encerrada em 1 de setembro, alta de 136% ante a semana anterior, segundo o USDA. Deste volume, o Brasil foi o segundo maior comprador, com negócios de 152,9 mil toneladas, incluindo 85,6 mil toneladas que haviam sido anunciadas anteriormente como para destino não revelado.

O volume de vendas é o suficiente para lotar cinco navios do porte que habitualmente carrega trigo para o Brasil.
Na semana encerrada em 25 de agosto, o Brasil havia sido o principal comprador nos Estados Unidos, tendo fechado a aquisição de 186,5 mil toneladas de trigo.

A escala de navios previstos para atracar em portos brasileiros já mostrava no início do mês um forte movimento de importações em setembro. O volume previsto para chegar no país, proveniente dos EUA, estava em 157 mil toneladas, ante apenas 11 mil da previsão para setembro do ano passado.

Os EUA normalmente complementam o abastecimento de trigo do Brasil, que geralmente importa a maior parte do produto da Argentina, que está na entressafra. A colheita brasileira está em fase inicial.

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