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Rombo nas contas públicas no governo Temer é o maior da série histórica

December 27, 2016 15:26 , von Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Ao contrário do rombo nas contas federais, Estados e municípios ficaram no azul em R$ 421 milhões. E as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 314 milhões no mês passado

 
Por Redação – de Brasília

O setor público consolidado brasileiro registrou déficit primário de R$ 39,141 bilhões em novembro. Trata-se do pior resultado para o mês da série histórica iniciada pelo Banco Central em dezembro de 2001. Ressalta-se, ainda, a contínua deterioração das contas públicas em meio à recessão econômica.

O Banco do Brasil, presidido pelo economista Paulo Caffarelli, vai reduzir volume de crédito

O Banco do Brasil, presidido pelo economista Paulo Caffarelli, vai reduzir volume de crédito

O dado, divulgado nesta terça-feira pelo BC, veio pior que o rombo de R$ 35,90 bilhões estimado por analistas econômicos. Em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters, o déficit foi puxado pelo rombo de R$ 39,876 bilhões registrado pelo governo central (governo federal, Banco Central e INSS).

Enquanto isso, Estados e municípios ficaram no azul em R$ 421 milhões. E as empresas estatais registraram superávit primário de R$ 314 milhões no mês passado.

Rombo histórico

Nos acumulado de janeiro a novembro, o déficit primário do setor público alcançou R$ 85,053 bilhões. Em 12 meses, o rombo foi a 2,50% do Produto Interno Bruto (PIB), por incorporar os dados de dezembro de 2015. Foi quando o governo realizou pagamento extraordinário de R$ 55,6 bilhões, por conta das chamadas “pedaladas fiscais”.

Para o ano, a meta fiscal é de déficit primário ainda mais alto, de R$ 163,9 bilhões para o setor público consolidado. E rombo previsto será de R$ 143,1 bilhões para o ano que vem, ambos fixados em lei. É o equivalente a 2,6% do PIB. O dado será, se confirmado, o pior já registrado pelo país e o terceiro consecutivo no vermelho.

Refletindo o persistente desarranjo fiscal, a dívida bruta do país foi a 70,5% do PIB, acima dos 69,5% do mês anterior. A dívida líquida subiu a 43,8% do PIB em novembro, ligeiramente superior aos 43,7% de outubro.

Segundo projeções do BC, nesta terça-feira, a dívida bruta brasileira fechará 2017 a 76,9% do Produto Interno Bruto (PIB), acima do patamar de 71,0% estimado para 2016.

Redução dos juros

Ainda nesta terça-feira, o presidente-executivo do Banco do Brasil, Paulo Caffarelli, afirmou que o movimento de redução dos juros bancários liderado pelos bancos públicos “já se mostrou que não é correto”. Ele acrescentou que o BB não está sofrendo pressão do governo federal para agir nesse sentido.

— Redução dos juros vai ocorrer de forma sustentável, não como foi no passado — disse o executivo, em café da manhã com jornalistas.

Ele projetou que o processo deverá ocorrer na esteira da queda da taxa básica de juros, a Selic. O executivo foi questionado se os juros do cartão de crédito de fato cairão pela metade. A promessa do governo visa limitar em até 30 dias o uso do rotativo. Caffarelli afirmou que é o dia a dia que vai mostrar se isso realmente vai ocorrer. Ele também afirmou que o plano do BB será alcançar um índice de capital principal de 9,5%. Espera cumprir a meta em janeiro de 2019 e diz que não conta com a necessidade de venda de ativos ou aporte da União.

O executivo ressalvou, contudo, que o BB pode vender negócios que não considera essenciais. Citou, como exemplo, a fatia detida na Neoenergia e na fabricante de silos Kepler Weber.

Rentabilidade

Segundo Caffarelli, está afastada a chance de o banco se desfazer de ativos que geram receita e tarifas. E descartou a venda de participação nas áreas de cartão e de gestão de recursos de terceiros.

Reiterando em diversos momentos que o foco atual do banco é no aumento da rentabilidade em detrimento da participação de mercado, o executivo disse que o BB quer aumentar o spread para ficar em linha com concorrentes privados.

— Nosso spread é cerca de 60% do que é dos nossos concorrentes — disse.

Também presente no encontro, o vice-presidente de gestão financeira e relação com investidores do BB, José Maurício Coelho, afirmou que uma das formas de melhorar o spread é buscando melhores condições de captação.

Sem dar números, Caffarelli também disse que a carteira de crédito da instituição voltará a crescer em 2017, após retração neste ano. Ao comentar as perspectivas de crescimento para a economia no próximo ano, o presidente do BB previu que a retomada será mais vagarosa que o inicialmente estimado. Sendo que a equipe econômica do banco agora prevê uma expansão de 0,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2017.

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