A luta dos trabalhadores por seus direitos é construída neste Dia Nacional de Paralisação, quinta-feira, 22 de Setembro, como um ensaio da greve geral
Por Val Carvalho – do Rio de Janeiro
Val Carvalho é revolucionário e articulista do Correio do Brasil
Com o apoio decisivo do grande capital nacional e internacional, o golpe foi dado para entregar o Brasil e arrancar mais lucros da exploração da força de trabalho, num mundo em crise. Daí as medidas para adotar a terceirização das atividades fim e para aumentar a jornada de trabalho e a idade mínima da aposentadoria, entre outras formas de arrocho do trabalhador e do aposentado.
Durante o último ato realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, movimentos sociais e sindicais chamaram para a greve geral no país
Mais do que a nossa vontade de lutar, é a radicalização da política econômica do governo golpista contra os trabalhadores o que está ampliando a resistência democrática. Sem contar mais com a grade de proteção dos governos petistas, as classes trabalhadoras não têm outra alternativa senão lutar em defesa de seus direitos.
Greve geral por direitos
Se, por um lado, a greve geral não é a panaceia universal da luta de classes, como alguns pensam, sem dúvida ela vai representar um patamar mais elevado de organização, de consciência e de unidade da resistência democrática e popular. Afinal, não se trata apenas de ocupar as ruas, mas de parar a produção e os transportes públicos, de interromper o funcionamento do sistema capitalista por um dia.
Por isso ela tem de ser construída no Dia Nacional de Paralisação, nesta quinta-feira, 22 de Setembro, como um ensaio da greve geral. Um ponto de chegada do acúmulo das lutas e ao mesmo tempo um ponto de partida para uma forma mais elevada de luta, claramente política.
Será uma luta mais geral e articulada que envolverá não apenas os trabalhadores e suas famílias, mas também os movimentos sociais, partidos de esquerdas e entidades democráticas que estão nas ruas lutando contra o golpe e por Diretas Já!.
É a legítima reação do movimento popular à radicalização do governo Temer buscando desesperadamente a consolidação do golpe, como foi o grotesco espetáculo jurídico-midiático da perseguição do Ministério Público contra Lula. Porém, nenhuma consolidação será possível enquanto a terra tremer sob os pés dos golpistas.
Val Carvalho é articulista do Correio do Brasil.
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