Porta-aviões e outras embarcações de sua frota serão os primeiros a deixar a região de conflito, afirmam autoridades militares. Navios deram apoio aos ataques aéreos russos contra grupos rebeldes e terroristas
Por Redação, com DW – de Moscou:
A Rússia comunicou nesta sexta-feira o início da retirada de parte de seu contingente militar que atua na guerra civil na Síria, uma das primeiras medidas para diminuir sua presença militar no país árabe. A remoção de um porta-aviões e outras embarcações marcará o início do processo.

O porta-aviões Almirante Kuznetsov e seus navios de apoio de serão os primeiros a deixar a zona de conflito
Segundo o chefe do Estado-Maior russo, o general Valery Gerasimov. O porta-aviões Almirante Kuznetsov e seus navios de apoio, que estavam em operação no leste do Mar Mediterrâneo. Serão os primeiros a deixar a zona de conflito.
– Em obediência à decisão do comandante-em chefe, Vladimir Putin. O Ministério da Defesa inicia a redução das Forças Armadas reunidas na Síria – afirmou o general, citado pela agência de notícias Tass. Gerasimov não forneceu maiores informações sobre a ordem do presidente. Datada de 29 de dezembro de 2016.
O general ordenou que o porta-aviões e outras embarcações, como o cruzador de batalha Pedro, o Grande e o destróier Severomorsk. Iniciassem nesta sexta-feira o retorno à sua base no porto de Severomorsk, que fica no Mar de Barents, no noroeste do país.
O comandante das operações militares russas na Síria, Andrei Kartapolov. Desse que as tarefas designadas à frota do porta-aviões foram cumpridas. Segundo ele, as aeronaves a bordo do Almirante Kuznetsov realizaram em torno de 420 missões. Atingindo 1.252 alvos durante dois meses e meio.
Defesa aérea na Síria
Kartapolov assegurou que a Rússia tem capacidade suficiente de defesa aérea na Síria, graças aos sistemas de defesa S-300 e S-400 instalados no país árabe. Os ataques aéreos apoiados pelo Almirante Kuzetsov começaram em meados de novembro. Dois aviões de combate, um Su-333 e um Mig-29. Acidentaram-se quando retornavam de missões no espaço aéreo sírio.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Síria, Ali Abdullah Ayub. Afirmou que o apoio oferecido pelas Forças Aéreas da Rússia foi fundamental para as vitórias que abriram o caminho para o acordo de cessar-fogo. “Os aviões russos criaram as condições necessárias para o início de um processo político de acerto da crise na Síria”, completou.
Putin já tinha ordenado a saída da maior parte das tropas russas em março de 2016. Após o começo da primeira contraofensiva das forças leais a Assad contra posições do “Estado Islâmico” (EI). A chegada, em outubro, do Almirante Kuznetsov à região. Embarcação que nunca tinha entrado em uma guerra em 15 anos de existência, provocou polêmica.
Os países-membros da Otan se negaram a permitir que o porta-aviões reabastecesse em seus portos. A esquadrilha de caças Mig-29 e Su-33 do porta-aviões participou da campanha russa ao atacar posições do EI e da antiga Frente al-Nusra.
Moscou tem sido um importante aliado do regime do presidente sírio, Bashar al-Assad, na guerra civil que já dura mais de cinco anos. A Rússia e a Turquia, país que apoia grupos moderados de oposição a Assad. Mediaram um cessar-fogo na Síria. Iniciado no dia 30 de dezembro.
Até o momento, a trégua tem sido mantida, apesar das forças do governo e dos rebeldes se acusarem mutuamente de algumas violações. O cessar-fogo tem como objetivo viabilizar as conversações de paz marcadas para o final deste mês em Astana, capital do Cazaquistão.
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