Os artistas alegam a decisão estadunidense de enviar a 101ª divisão das Tropas Aerotransportadas dos EUA para efetuar uma operação terrestre na Síria
Por Redação, com Sputinik Brasil – de Moscou:
Na manhã desta quarta-feira em um prédio residencial de Moscou apareceu um cartaz com a inscrição “Obama killer №1” (“Obama assassino №1”, em português) com o retrato do mencionado presidente norte-americano.
– O cartaz de 10 metros é dedicado aos planos do governo dos EUA de efetuar mais uma invasão militar de um Estado soberano. O cartaz mostra o presidente dos Estados Unidos da América Barack Obama no estilo da sua campanha eleitoral de 2008 – escreveu a Glavplakat em seu site.
Os artistas alegam a decisão estadunidense de enviar a 101ª divisão das Tropas Aerotransportadas dos EUA para efetuar uma operação terrestre na Síria.
– Lembramos que esta mesma unidade realizou as principais missões em quase todas as invasões militares dos EUA nas últimas décadas. Pensamos que os soldados desta divisão são lembrados “com gratidão” pelos parentes dos milhares de mortos e feridos pelas armas americanas em todo o mundo, desde o Vietnã até os países do Oriente Médio, diz-se no site.
A Glavplakat, alegando dados publicados na mídia, escreve que só no Iraque 60.024 civis foram vítimas de armas ligeiras, 37.840 morreram na sequência de explosões e mais 5.648 pessoas foram mortas após ataques aéreos com uso de bombas, obuses e mísseis.
A Russkaya Sluzhba Novostei também declarou que, na noite de terça para esta quarta-feira, uma inscrição semelhante à da Glavplakat apareceu na própria embaixada americana. Pessoas não identificadas projetaram-na no edifício da missão diplomática com um laser verde.
A embaixada estadunidense informou a Russkaya Sluzhba Novostei que está investigando a informação.

Coalizão enfraquece
O Pentágono está “claramente frustrado com a falta de apoio de seus aliados do Ocidente”, e o governo norte-americano ameaça resolver a crise síria militarmente, escreve o jornal alemão Deutsche Wirtschafts Nachrichten (DWN).
Anteriormente, o secretário de Defesa, Ashton Carter, pediu maior envolvimento dos países da coalizão internacional que combate os terroristas do Estado Islâmico, escreve o DWN, citando a entrevista de Carter à CNBC.De acordo com o secretário, muitos países da coalizão mostram comprometimento insuficiente na luta contra o terrorismo na Síria. Os EUA poderiam fazer muito sozinhos, mas também esperam que outros países entre os 65 da coalizão façam “sua parte”.
Normalmente, os EUA se referem à coalizão como um exemplo de determinação na luta contra os jihadistas. Ultimamente, porém, Washington vem se frustrando com os esforços insuficientes da Turquia para melhorar seu controle fronteiriço, assim como a omissão de vários países árabes que, embora integrantes da coalizão, em nada contribuem para as atividades na Síria. “Os Estados Unidos estão claramente descontentes com a Turquia e a coalizão”, escreve o DWN.
Segundo o vice-presidente norte-americano, Joe Biden, uma solução política para o conflito na Síria seria melhor, mas caso não funcione, os EUA estão preparados para resolve a crise usando meios militares.O primeiro passo planejado pelos americanos é estabelecer uma base no nordeste da Síria. Forças especiais dos EUA e especialistas expandiriam um aeroporto agrícola na cidade de Rmeilan, na província de Hasakeh, para que seja possível pousar com helicópteros e aviões de carga. Assim, entregariam equipamentos e munição aos curdos, informou uma fonte do exército sírio à AFP no último sábado.
A medida, se não for autorizada pelo governo sírio, pode constituir uma clara violação das leis internacionais, escreve o DWN. Segundo o jornal, toda a operação militar da coalizão não foi aprovada pelas autoridades da Síria e pode ser considerada uma violação da soberania do país.
– Entretanto, o principal motivo para o nervosismo de Washington está mais no sucesso da Rússia na região de Latakia do que na omissão dos parceiros ocidentais dos EUA. Os russos estabeleceram uma aliança eficiente com Síria, Irã e Iraque. Em particular, conseguiram devolver ao exército sírio o seu poder – conclui o jornal alemão.