Os militares russos comunicaram que os líderes do Estado Islâmico perderam a iniciativa na parte ocidental do país
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Moscou:
Desde 22 de janeiro a Força Aeroespacial russa tem realizado 70-100 surtidas por dia. Nos últimos três dias as forças russas atacou 484 instalações dos terroristas. De acordo com o porta-voz do Estado-Maior russo, os aviões de guerra Tu-22M3 têm realizado 18 surtidas do território russo.
Os militares russos comunicaram que os líderes do Estado Islâmico perderam a iniciativa na parte ocidental do país e agora concentram as forças para conquistar Deir ez-Zor, a maior cidade da parte oriental do país. Assim, na semana passada os terroristas deslocaram até 2 mil militantes e veículos blindados para o local, informa Igor Konashenkov.
Em 30 de setembro de 2015 a Rússia iniciou uma campanha aérea, tendo mais de 50 aviões de combate russos, inclusive Su-24M, Su-25 e Su-34 efetuado ataques de alta precisão contra as posições do EI na Síria após pedido do presidente Bashar Assad.
Os aviões russos coordenam as suas ações com as tropas sírias que operam no local.
A Síria está em estado de guerra civil desde 2011. O governo do país luta contra um número de facções de oposição e contra grupos islamistas radicais como o “Estado Islâmico” e a Frente al-Nusra.
Exército sírios
O Exército sírio e as Forças da Defesa Nacional (FDN) impediram que militantes do EI ocupassem os montes perto de uma cidade estratégica na província de Deir ez-Zor.
Dezenas de terroristas foram mortos e ainda mais foram feridos depois de o Exército sírio e as FDN frustrarem os planos de militantes de estabelecer o controle sobre montes estratégicos que ficam perto da cidade de Baqaliyeh, informou a agência noticiosa iraniana FARS.
Antes disso, aviões sírios alvejaram posições dos terroristas perto de seis vilas desta província.
Os militantes sofreram grandes perdas durante o ataque da aviação síria perto de vilas de Ayyash, al-Janineh, al-Hassan, al-Baqaliyeh, Shaqra e Mhimideh.
Além disso, nesta segunda-feira, se tornou público que as forças sírias libertaram cerca de 120 km quadrados na província síria de Latakia durante os dois dias.
Um grande número de terroristas foi morto na batalha, os outros fugiram para a fronteira turca.
Deir ez-Zor já havia sido controlada pelos jihadistas mas agora o Exército sírio e as FDN, apoiadas pela aviação russa, não deixaram nenhum local seguro para eles na província.
A campanha aérea da Rússia foi lançada no dia 30 de setembro de 2015, quando mais de cinquenta aviões de guerra russos, incluindo Su-24M, Su-25 e Su-34, iniciaram ataques aéreos de precisão contra alvos do Estado Islâmico na Síria, a pedido do presidente sírio, Bashar Assad.
Operação russa
A operação realizada pela Força Aeroespacial da Rússia na Síria, a pedido de Bashar Assad, fez a guerra contra o grupo terrorista EI mudar de rumo, revela uma análise recém-publicada.
Os pilotos russos que têm atuado em conjunto com o Exército sírio ao mesmo tempo que a insurgência no país é financiada do estrangeiro, especialmente em torno da cidade de Damasco, reapresentou uma ameaça real e, com forças conjuntas, foi possível não só conter, mas mesmo mudar completamente o rumo da situação.
Esta informação foi divulgada pelo analista sênior em questões de Oriente Médio e África do Norte da agência britânica IHS (especializada em publicação de dados de inteligência e análises militares), Columb Strack.
A sua análise mostra que o envolvimento da Rússia ajudou as forças oficiais do país a aumentar o território sob o seu controle em 1,3%.
O autor avaliou os dados assim:
– Estes ganhos representam uma inversão da posição governamental, tendo em conta que elas (forças governamentais) haviam perdido 18% do seu território nos primeiros oito meses de 2015 e estavam quase a perder Aleppo, além dos intensos ataques contra os alauitas em Latakia.
Cabe lembrar que, no início da semana em curso, um porta-voz do Exército sírio anunciou que, desde 27 de Dezembro, as forças lideradas por Damasco destruíram 1.662 alvos terroristas nas áreas circundantes de Damasco, Homs, Hama, Idleb, Aleppo e Deir Ezzor.
Na semana passada, o Exército sírio conseguiu um grande avanço quando expulsou os terroristas de praticamente todo o território no norte da província síria de Latakia, inclusive das cidades de Salma e Kobani.
Estes acontecimentos criaram a possibilidade não só para um cessar-fogo local, mas também para lançar um processo pacífico patrocinado pela ONU. A resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas 2254, aprovada por unanimidade em dezembro de 2015 oferece um plano para a resolução da crise na Síria, que inclui negociações, cessar-fogo a nível nacional e eleições subsequentes.
A Síria vive desde 2011 em estado da guerra permanente e, segundo os dados da ONU, já perdeu mais de 230 mil pessoas. As tropas do governo sírio combatem vários grupos rebeldes e organizações militares, inclusive grupos terroristas como o Estado Islâmico e a Frente al-Nusra, ambos proibidos na Rússia.
