O comunicado destaca que as partes trocaram opiniões sobre a situação na Síria
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Moscou:
O chefe do Estado-Maior do Exército russo, Valery Gerasimov, apresentou ao seu homólgoo francês, Pierre de Villiers, os dados sobre o deslocamento de militantes da Turquia ao norte da Síria.
O ministério afirma que há “dados sobre fatos de deslocamento, pela parte turca, de militantes para as regiões do Norte da Síria para aderirem aos terroristas”.
O comunicado destaca que as partes trocaram opiniões sobre a situação na Síria e traçaram perspectivas da cooperação no âmbito do combate ao terrorismo internacional.
Uma destas perspectivas é a criação de um grupo de trabalho composto por peritos militares de ambos os Estados-Maiores.
– Nós concordamos em estabelecer o intercâmbio de informações atempadas para coordenar ações com o intuito de aumentar a eficiência dos ataques contra centros de comando, material bélico, armazéns, vias de abastecimento dos militantes e outros objetos de infraestrutura do EI na Síria – reza o comunicado.
O documento frisa também que Moscou e Paris coincidem na intenção de conservar a Síria como um Estado unido, secular e multiconfessional.
França e Rússia
A cooperação entre Rússia e França na luta contra o islamismo extremista na Síria é um passo necessário para levar paz ao Oriente Médio e a todo o mundo, afirmou o general francês Didier Tauzin à agência russa de notícias Sputnik.
A declaração de Tauzin foi dada após um encontro oficial entre o ministro da Defesa da Rússia, Sergei Shoigu, e seu equivalente francês, Jean-Yves Le Drian.
Tauzi, que é um general condecorado e conhecido pelo papel exercido em 1994, com a interrupção do genocídio em Ruanda, afirmou que destruir o Estado Islâmico é essencial e que ele está feliz com a cooperação entre Rússia e França, já que é preciso um grande exército para combater os terroristas na Síria.
– A cooperação russo-francesa é uma postura realista na luta contra o Daesh, e esse raciocínio finalmente prevaleceu em Paris. Devemos também juntar forças contra aqueles que apoiam o EI – disse Tauzin à Sputnik.

O general alertou sobre a Turquia e acusou o país de fazer jogo duplo. Por um lado, a Turquia afirma que quer combater o EI ao lado de outros países; por outro, Ancara vem sendo acusada de apoiar terroristas na Síria. Isso precisa ser desmascarado e encarado, disse Tauzin.
Para o general, a comunidade internacional deve assegurar que, além da Turquia, a Arábia Saudita e o Catar, que também foram acusados de tomar o lado do Estado Islâmaico nos bastidores, pararam de apoiar os extremistas.
Enquanto isso, Shoigu e Le Drian concordaram que o EI é o inimigo comum e expressaram preocupação com a expansão das atividades do grupo terrorista no norte da África.