O horário de verão foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sob o argumento de que já não garantia grande economia de energia enquanto causava transtornos para trabalhadores, principalmente aqueles que dependem do transporte público ainda de madrugada.
Por Redação, com ABr – de Brasília
Instituições ligadas ao setor elétrico defenderam, em documento divulgado nesta terça-feira, o retorno do horário de verão como medida emergencial para enfrentar a crise energética. As associações pregam ainda que, no longo prazo, o governo deve priorizar o incentivo à eficiência energética para reduzir o risco de novas crises.
Suspenso por ordem de Bolsonaro, o horário de verão poderá voltar neste anoO horário de verão foi extinto em 2019 pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), sob o argumento de que já não garantia grande economia de energia enquanto causava transtornos para trabalhadores, principalmente aqueles que dependem do transporte público ainda de madrugada.
Com o agravamento da crise energética, porém, vem crescendo no últimos meses o apoio ao retorno do programa, que adia em uma hora o fim do dia, garantindo melhor uso de iluminação natural em um horário de grande demanda por eletricidade.
Pequeno ganho
Associações ligadas ao turismo, como CNTur e Feturismo, o setor de restaurantes e, depois, os shoppings já se manifestaram a favor. Na véspera, o apoio foi reforçado pelo Instituto de Defesa do Consumidor (Idec), o Instituto Clima e Sociedade (ICS), a International Energy Intiative (LEI), e a Mitsidi Projetos e Hospitais Saudáveis.
— O ganho é pequeno, mas nesse momento precisamos contar megawatt por megawatt — disse a jornalistas o ex-diretor do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), Luiz Eduardo Barata, que vem trabalhando com o ICS e o Idec na avaliação da crise e da atuação do governo para enfrentá-la.