Maduro pediu à Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça que esclarecesse o que chamou de “tentativa de golpe de Estado” e “ataque contra o processo eleitoral”.

Por Redação, com Brasil 247 – de Caracas

O Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela fará uma auditoria nesta sexta-feira dos resultados que, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), reelegeram Nicolás Maduro para um terceiro mandato. Segundo a CNN Brasil, os 10 candidatos à presidência, incluindo o principal opositor, Edmundo González Urrutia, foram convocados para participar da verificação, solicitada por Maduro após contestações do resultado.

Maduro pediu à Câmara Eleitoral do Supremo Tribunal de Justiça que esclarecesse o que chamou de “tentativa de golpe de Estado” e “ataque contra o processo eleitoral”. Ainda segundo a reportagem, Maduro também convocou instituições, candidatos e partidos políticos para “comparar o que foi este ataque e elementos de prova”. Maduro afirmou que está pronto para apresentar 100% das atas que possui.

Novo mandato

Com 51,2% dos votos, segundo o CNE, Maduro foi reconduzido para um novo mandato de seis anos, enquanto Edmundo González obteve 44,2%. A oposição contesta os números e alega falta de transparência do órgão eleitoral. María Corina Machado, líder da oposição, afirmou que possui 73,2% das atas eleitorais que comprovariam a vitória de González, que teria recebido 6.275.182 votos contra 2.759.253 de Maduro.

Em coletiva de imprensa, González afirmou: “Temos em nossas mãos as atas que demonstram nosso triunfo categórico e irreversível”. Ele agradeceu o apoio da comunidade internacional e chamou à calma e firmeza.

Protestos e confrontos com a polícia ocorreram em Caracas. O CNE não publicou resultados detalhados por colégio eleitoral, mas as atas estão circulando na internet. O site criado por Corina Machado para consulta está saturado devido ao alto número de acessos, mas, apesar disso, alguns cidadãos conseguiram revisar suas atas de votação.