Por Redação, com Reuters – de Paris/São Paulo:
O grupo de telecomunicações francês Orange reafirmou nesta quarta-feira que não tem planos para uma união com a Telecom Italia e que não iniciou nenhuma negociação com a operadora de telefonia italiana.
– Ao contrário de certos rumores na imprensa e outras especulações, a Orange afirma que não iniciou nenhuma discussão com a Telecom Italia e que não há nenhum plano para uma união – um porta-voz da Orange disse em um comunicado por e-mail.
Duas fontes com conhecimento direto do assunto contaram à agêcia inglesa de notícias Reuters que a Orange contratou os bancos de investimento Morgan Stanley e BNP Paribas para avaliar os méritos de fazer um acordo com outras operadoras de redes na Europa, incluindo a Telecom Italia, dona da TIM no Brasil.
Uma fonte disse à Reuters que a Orange ainda não se aproximou da Telecom Italia, mas pode fazê-lo no próximo ano uma vez que já tenha decidido sua estratégia com ajuda dos seus assessores enquanto os mercados de telecomunicações europeus convergem.
Vendas de serviços
O grupo de telecomunicações Oi lança nesta quarta-feira estratégia reformulada para elevar em 50 % as vendas de serviços para pequenas e médias empresas em 2016, apesar da recessão que deve se prolongar sobre o país no próximo ano.
A estratégia envolve lançamento de serviços com preços fixos, sem cobranças excedentes ao final de cada mês, ampliação da força de vendas e otimização dos canais de comunicação com as pequenas e médias empresas, disse o diretor de serviços corporativos da Oi, Maurício Vergani.
– Minha oferta é agressiva em preço e espero que tenha uma troca bastante alta de clientes da concorrência para nosso serviço – afirmou o executivo em entrevista à Reuters.
O segmento de pequena e média empresa representa cerca de 10 % da receita líquida da Oi, que no acumulado do ano até o final de setembro somou R$ 20,6 bilhões.
Segundo Vergani, a meta da Oi é elevar em 50 % as vendas de unidades geradoras de receita, linhas fixas, móveis, banda larga, por exemplo, no próximo ano ante as vendas obtidas neste ano.
No terceiro trimestre, a Oi tinha 7,6 milhões de unidades geradoras de receita do segmento corporativo, incluindo pequenas e médias empresas. A cifra representa um recuo anual de 5 %.
Para definir a meta agressiva, porém, Vergani afirmou que a Oi não pretende descuidar do objetivo maior da companhia que encerrou setembro com dívida líquida de R$ 37 bilhões: rentabilidade. “Nenhuma estratégia pode colocar em risco o resultado financeiro. O que a gente quer é oferecer um serviço melhor e apostando que o cliente terá capacidade em pagar”, disse o executivo.
Vergani afirmou que a Oi melhorou incentivos para seus franqueados triplicarem a base de vendedores a 1,5 mil no país em 2016 de movo a viabilizar a iniciativa de pequenas e médias empresas.
Além disso, o executivo informou que a Oi contratou cerca de 500 funcionários até agora neste ano apenas para lidar com os clientes do segmento. A carteira de clientes corporativos da Oi hoje é de cerca de 5 mil empresas, afirmou.
– O número de empresas no Brasil hoje é de 11 milhões. É um mercado grande e mal trabalhado e que está passando por digitalização (…) De todos os segmentos, talvez seja o que tem mais massa de oportunidade para ser explorada – disse Vergani, sem revelar números de investimentos no projeto voltado para pequenas e médias empresas.
Vergani afirmou que a participação da Oi no total de receitas do mercado de pequenas e médias empresas é de 16 %, mas não comentou para qual percentual a fatia da empresa irá com a implementação do plano.
Além do anúncio da estratégia nesta quarta-feira, a Oi deve lançar ainda neste mês parcerias com empresas de meios de pagamento e fabricante de computadores para ofertas de produtos com “benefícios” que devem evoluir para pacotes que conjugarão serviços da operadora e da companhia parceira, disse Vergani, sem dar mais detalhes.
