O resultado veio em linha com a mediana das projeções em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters. O déficit calculado era de R$ 26,5 bilhões para o setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais). Segundo BC, o governo central (federal, BC e INSS) registrou rombo primário de R$ 26,499 bilhões no mês passado e ampliou a recessão

Por Redação, com Reuters – de Brasília

Em meio à forte recessão e gastos com a Previdência, o Brasil registrou o pior déficit primário para setembro. Na série histórica, o rombo chega a R$ 26,643 bilhões. O resultado elevando o deficit em 12 meses a 3,08% do Produto Interno Bruto (PIB). Os números foram divulgados em nota do Banco Central, nesta segunda-feira.

Temer disse ainda que o déficit de R$ 96 bilhões na conta pública apontado pelo governo anterior atinge, na realidade, a casa dos R$ 170 bi

O resultado veio em linha com a mediana das projeções em pesquisa da agência inglesa de notícias Reuters. O déficit calculado era de R$ 26,5 bilhões para o setor público consolidado (governo central, Estados, municípios e estatais). Segundo BC, o governo central (federal, BC e INSS) registrou rombo primário de R$ 26,499 bilhões no mês passado. Com destaque para a Previdência, com perdas de R$ 25,076 bilhões.

Recessão maior

O Tesouro, na semana passada, havia informado que houve forte impacto nas contas da Previdência. Atribuem o fato à mudança na sistemática de pagamento da antecipação do 13º salário, em agosto e setembro. Em 2015, o pagamento se deu em setembro e outubro, sendo mais forte em outubro.

Ainda segundo o BC, os governos regionais fecharam setembro com déficit primário de R$ 298 milhões. As estatais, por sua vez, com superávit primário – economia feita para pagamento de juros da dívida pública – de R$ 154 milhões.

Com isso, o setor público consolidado registrou resultado nominal (receitas menos despesas, incluindo o pagamento de juros) negativo em R$ 67,1 bilhões no mês passado. No acumulado 12 meses, ainda segundo o BC, o déficit primário do setor público consolidado estava em R$ 188,327 bilhões até setembro, segundo o BC.

Repatriação

O número já extrapola com margem a meta fiscal de 2016, de déficit primário de R$ 163,9 bilhões. Ou 2,6% do PIB, por incorporar o pagamento extraordinário de R$ 55,6 bilhões pelas chamadas pedaladas fiscais em dezembro do ano passado.

Na semana passada, a secretária do Tesouro, Ana Paula Vescovi, ressaltou que a meta fiscal do ano será cumprida. Ela acrescenta que os recursos com a regularização de ativos no exterior serão utilizados para melhorar o resultado primário do setor público. Além de diminuir o volume de restos a pagar do governo.

O prazo para adesão à chamada repatriação termina nesta segunda-feira.

Com mais um forte déficit primário no mês, o endividamento público seguiu em deterioração. Em setembro, segundo o BC, a dívida líquida subiu a 44,1% do PIB, contra 43,3% em agosto. Já a dívida bruta avançou a 70,7% do PIB, ante 70,2% em agosto.

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