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Temer é aprovado por apenas 6% dos brasileiros, segundo pesquisa

26 de Julho de 2017, 14:43 , por Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Espaço de manobra do governo de Michel Temer fica cada vez mais restrito junto à Opinião Pública.

 
Por Redação – de Brasília e São Paulo

 

A esmagadora maioria dos eleitores brasileiro, 94% segundo pesquisa Ipsos Public Affairs, desaprovam a forma como o presidente de facto, Michel Temer (PMDB), atua no país. Entre os eleitores, 95% acreditam que o Brasil está no rumo errado. Os dados foram divulgados nesta terça-feira e fazem parte da pesquisa Pulso Brasil, realizada mensalmente desde 2005.

Michel Temer segue, cada vez mais, distante do público

O estudo baseia-se me amostras probabilísticas e, para isso, entrevistou, entre os dias 1º e 14 de julho, 1,2 mil pessoas em 72 municípios brasileiros. A pesquisa alcançou todas as cinco regiões do país. A margem é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

A Ipsos é uma empresa internacional de pesquisa e de inteligência de mercado, presente em 88 países. Do total de entrevistados, 85% avaliam a gestão de Michel Temer como ruim ou péssima, sendo a pior avaliação desde que a série começou a circular. O descrédito com o rumo que o país segue, também, como o pior já verificado.

Eduardo Cunha

— O levantamento confirma os altos índices de desaprovação do governo federal e do presidente Michel Temer. Identificamos que os efeitos da crise política e da delação premiada de Joesley Batista ainda se mantêm. Esse quadro tende a se manter nos próximos meses com a pauta do aumento de impostos e dos combustíveis — afirmou Danilo Cersosimo. Ele é diretor da Ipsos Public Affairs, responsável pelo Pulso Brasil.

O nome de Temer também aparece junto a outros 32 nomes, entre políticos e personalidades públicas, na parte da pesquisa que foi intitulada de Barômetro Político. Nela, o entrevistador questionou o brasileiro se ele aprovava ou desaprovava a maneira como as pessoas dessa lista vinham atuando no Brasil.

Apenas 3% da população aprova totalmente ou pouco a atuação de Michel Temer e 94% o desaprova completamente ou um pouco, segundo os termos da pesquisa. O presidente encabeça a lista quando se comparam os índices de reprovação das demais personalidades, sendo seguido no ranking pelo ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que teve apenas 1% de aprovação contra 93% de reprovação.

Maracutaia

O terceiro lugar ficou com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que teve 3% de aprovação contra 90% de reprovação. Entre os presidenciáveis, o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aparece na sessão “Avaliação de líderes” com 68% de desaprovação, contra 67% de Geraldo Alckmin, 59% de Marina Silva, 53% de Jair Bolsonaro, 45% de João Doria, 33% de Joaquim Barbosa, 28% de Sérgio Moro, entre outros nomes avaliados.

Temer é o primeiro presidente no exercício do mandato a ser denunciado por corrupção. Ele é investigado em um inquérito que apura suspeitas de corrupção, obstrução da Justiça e organização criminosa. A investigação foi aberta a partir da delação premiada de executivos da JBS. O presidente foi gravado, sem saber, pelo empresário Joesley Batista, um dos donos do grupo, durante um encontro fora da agenda oficial em 7 de março no Palácio do Jaburu, residência oficial do presidente.

A divulgação do conteúdo do diálogo desencadeou a pior crise do governo Temer. No diálogo, Temer aparenta indicar o ex-deputado federal Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), que foi também assessor do Planalto, como seu homem de confiança, com quem Joesley poderia tratar de assuntos de interesse da JBS.

Rodrigo Maia

Seis dias depois, Joesley se encontrou com Rodrigo Loures e, segundo a Polícia Federal, ambos fizeram menção ao aval de Temer para as tratativas entre eles. A denúncia da PGR contra Temer está sendo analisada pela Câmara dos Deputados. Foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) após um “troca-troca” de deputados que alterou a composição do colegiado.

Sua admissão será votada, em Plenário, no próximo dia 2 de agosto. Para que o processo contra Temer seja autorizado é preciso que ao menos 342 dos 513 deputados votem pela sua admissão. Se autorizado pelos parlamentares, o processo retorna ao STF e caberá a 11 ministros. Eles decidirão se abrem processo contra o presidente, o que o transformaria em réu.

Se Temer for transformado em réu, fica afastado do cargo por 180 dias. Quem assumiria a presidência interinamente é Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados. 

Gastança

Na contramão do arrocho oficial, o governo Michel temer gastou, apenas entre janeiro e junho deste ano, mais de R$ 20 milhões nos cartões corporativos. No ano passado, este tipo de gasto, que também possibilita saques em dinheiro, chegou a R$ 52 milhões. Nesta linha, a Presidência da República é quem lidera a lista dos maiores usuários de cartões corporativos. Gastou R$ 5,6 milhões no período.

Do valor total gasto pela Presidência por meio de cartões corporativos, cerca de R$ 2 milhões são protegidos sob sigilo. Alegam “garantia da segurança da sociedade e do Estado”. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin) já gastou quase R$ 3 milhões com cartões corporativos. A agência também tem seus gastos protegidos sob sigilo.

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Fonte: http://www.correiodobrasil.com.br/temer-aprovado-por-apenas-6-por-cento-dos-brasileiros/

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