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Temer implora, mas desaba confiança dos brasileiros na economia

Novembre 24, 2016 13:33 , by Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Temer tanta passar a ideia de que o país não está paralisado e tenta buscar a confiança do público. Busca convencer, com aumento superior a 100% nas verbas de propaganda, que o governo imposto após o golpe de Estado faz o possível para sair da recessão. Mesmo diante da depressão, que se acentua, diz que o atual momento é “importantíssimo para gerar confiança”

 

Por Redação – de Brasília

 

O presidente de facto, Michel Temer, bem que tentou, mas a confiança do consumidor brasileiro desabou em novembro. A queda interrompe seis sequências seguidas de alta, diante da forte piora das expectativas, em meio à piora crescente no mercado de trabalho.

Temer e Meireles tocam a agenda neoliberal dos golpistas

Temer e Meireles tocam a agenda neoliberal dos golpistas

Temer tanta passar a ideia de que o país não está paralisado. Busca convencer o público, com aumento superior a 100% nas verbas de propaganda. O governo imposto após o golpe de Estado faz o possível para dizer que o país saiu da recessão. Mesmo diante da depressão, que se acentua, diz que o atual momento é “importantíssimo para gerar confiança”.

— O Brasil não está paralisado. Vamos sair da recessão, alcançar o crescimento e o emprego — implorou.

Gastos públicos

Nesta manhã, Temer afirmou ainda, no lançamento do Cartão Construcard — de incentivo ao setor de material de construção, com orçamento de R$ 7 bilhões — que tem percebido grande apoio às medidas tomadas pelo governo para enfrentar a crise. Citou a proposta que estabelece um teto para os gastos públicos, a proposta conhecida como PEC da Morte.

Ainda nesta manhã, enquanto Temer discursava, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC). O parâmetro caiu 3,3 pontos. Desceu a 79,1 pontos em novembro, depois de ter atingido no mês anterior o nível mais alto desde dezembro de 2014.

Essa foi a primeira queda no indicador desde que Temer assumiu o governo, com sua equipe econômica. Cessa, assim, o apoio à iniciativa liderada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, que coloca em prática forte ajuste fiscal no país.

Queda do ICC

O principal motivo para o resultado, segundo a FGV, foi o recuo de 4,9 pontos do Índice de Expectativas (IE), para 87,7 pontos. Interrompe também seis altas consecutivas, num momento de falta de perspectivas para o consumidor com aumento do desemprego. Sem deixar de lado a dificuldade da economia de engrenar uma recuperação.

“Na falta de notícias positivas no front econômico e dada a contínua deterioração do mercado de trabalho, uma parcela dos consumidores brasileiros reduziu o otimismo em relação à perspectiva de melhora no horizonte de seis meses”, destacou, em nota, a coordenadora da sondagem do consumidor na FGV, Viviane Seda Bittencourt.

O Índice da Situação Atual (ISA) também recuou, 1,1 ponto, para 67,9 pontos, o menor nível desde julho passado (65,7 pontos). Segundo a FGV, o indicador que teve maior peso para a queda do ICC neste mês foi aquele que mede o otimismo em relação à situação econômica geral no futuro. Após acumular ganhos de 30,9 pontos entre junho e setembro, ele soma queda de 6,2 pontos no bimestre outubro-novembro.

Houve ainda redução da confiança em todas as faixas de renda. O retrocesso mais forte ficou com consumidores de renda familiar na faixa de R$ 2,1 mil a R$ 4,8 mil. A retomada da confiança tanto de consumidores, como de investidores, é tida pelo governo como primordial para a recuperação econômica.

Inflação

Entretanto, o próprio Ministério da Fazenda piorou esta semana a projeção para a atividade econômica este ano a retração de 3,5%, vendo em 2017 expansão de apenas 1% do Produto Interno Bruto (PIB).

— Estamos em um quadro inflacionário um pouco mais benigno e também entrando num ciclo de afrouxamento monetário. Isso deve proporcionar algum alento para o consumidor. Pode fundamentar melhora para o componente de demanda — disse o economista da Tendências Rafael Bacciotti.

A inflação no Brasil vem mostrando sinais de descompressão, mas segue elevada. O IPCA-15, prévia da inflação oficial, acumulou em 12 meses até novembro avanço de 7,64%, acima da meta de inflação.

Além disso, mesmo depois de o Banco Central ter cortado a taxa básica de juros em outubro, a Selic permanece em nível elevado, a 14% atualmente.

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