Alckmin, segundo Temer, parece ser o candidato do governo ao Planalto, pois carrega o apoio da ampla maioria de partidos que integram a base governista; além de defender todas as reformas de sua gestão.
Por Redação – de Brasília
Presidente de facto, empossado após o golpe de Estado, em 2016, Michel Temer (MDB) detém, atualmente, o pior índice de rejeição de que se tem notícia, na História republicana do país. Ele transferiu parte deste fardo, na manhã desta quinta-feira, ao candidato tucano Geraldo Alckmin, em entrevista a um dos diários conservadores paulistanos.
Candidato tucano à Presidência, Alckmin defende o governo TemerAlckmin, segundo Temer, parece ser o candidato do governo ao Planalto, pois carrega o apoio da ampla maioria de partidos que integram a base governista; além de defender todas as reformas realizadas em sua gestão; até mesmo as mais injustas, a exemplo das novas regras trabalhistas. Ainda assim, o postulante oficial do MDB é o ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles (MDB).
Cauteloso
— O Alckmin recebeu críticas porque tem o apoio de todos. Se você dissesse: ‘Quem o governo apoia?’. Parece que é o Geraldo Alckmin, né? Os partidos que deram sustentação ao governo, inclusive o PSDB, estão com ele — disse Temer aos jornalistas.
Ele, no entanto, ressalvou que será cauteloso, para “não fazer campanha para um ou outro”.
— Até porque falam muito da impopularidade. Não quero nem incomodar, digamos — acrescentou.
Inafastável
Temer lembrou que Alckmin defende medidas realizadas por seu governo, a exemplo da reforma trabalhista, e disse que partidos que votaram a favor dessa guinada neoliberal em sua administração tendem a prosseguir no governo, caso o ex-governador de São Paulo vença a eleição presidencial de outubro.
Segundo Temer, o ex-ministro Meirelles tem que fazer uma campanha se sem desligar do governo.
— Dizer ‘eu não participei deste governo’ é impossível. A tendência natural e inafastável é que ele defenda as teses do governo. Basta mostrar o que fizemos — concluiu.