Segundo a Polícia Militar (PM), durante o início da ação, houve um tiroteio entre policiais e criminosos armados
Por Redação, com ABr – do Rio de Janeiro:
Quatro pessoas ficaram feridas durante uma operação policial realizada na manhã desta quarta-feira na comunidade do Rola, em Santa Cruz, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar (PM), durante o início da ação, houve um tiroteio entre policiais e criminosos armados. Depois da troca de tiros, quatro homens foram encontrados baleados.

Quatro pessoas ficaram feridas durante uma operação policial realizada na manhã desta quarta-feira na comunidade do Rola
Eles foram encaminhados para o Hospital Municipal Pedro II. Apesar de os quatro terem sido encontrados baleados depois do confronto, a PM informou que foram apreendidas apenas três armas e um explosivo.
Depois disso, um grupo de manifestantes fechou a Avenida Cesário de Melo e tentou atear fogo a pneus, próximo à estação do BRT (corredor exclusivo de ônibus), na altura da comunidade. O Batalhão de Polícia Militar de Santa Cruz (27º BPM), responsável pela operação, reforçou o patrulhamento na área.
Atirador
Duas pessoas ficaram feridas quando um homem atirou contra um grupo na noite anterior na Praia Funda, em Barra de Guaratiba, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Segundo a Polícia Militar, mais duas pessoas foram agredidas no ataque.
Elas foram encaminhadas para os hospitais Rocha Faria e Alberto Torres. Os policiais receberam informações sobre o ataque e se deslocaram para o local. Mas, como a área é de difícil acesso, a polícia teve que contar com o apoio de helicópteros. Depois de buscas na região, as quatro pessoas foram socorridas.
O caso foi registrado na Delegacia do Recreio dos Bandeirantes (42ª DP). Segundo informações da imprensa, havia turistas estrangeiros no grupo, entre eles um polonês, que foi baleado, e uma norte-americana. O guia brasileiro do grupo foi o outro baleado.
Justiça mantém bloqueio de bens
O Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) manteve, por unanimidade, o bloqueio das contas do casal Aniz Abrahão David (Anísio, presidente de honra da Beija-Flor) e Fabíola Oliveira David. Anísio, investigado na Operação Furacão e condenado a 48 anos de reclusão em primeira instância, é acusado de ser um dos líderes de quadrilha que explorava ilegalmente bingos e máquinas caça-níqueis no Rio de Janeiro.
O parecer de bloqueio das contas do casal foi elaborado pelo Ministério Público Federal (MPF).
O bloqueio foi determinado pela 6ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro, sob a alegação de que a defesa não conseguiu comprovar a origem lícita dos valores depositados. A decisão foi estendida às contas da mulher do acusado por suspeita de conter recursos dele, já que a Receita Federal concluiu que ela [Fabíola] tinha movimentação patrimonial incompatível com seus rendimentos declarados. A defesa não atestou atividade remunerada.
Liberação
No recurso, a defesa tinha pedido a liberação das contas alegando má fundamentação da decisão judicial e origem lícita dos recursos, frutos de aluguéis recebidos.
Em parecer, a Procuradoria Regional da República da 2ª Região afirmou que não se pode confundir a concisão da decisão judicial com ausência de fundamentação.
De acordo com a procuradora regional da República, Silvana Batini, “não tendo os acusados apresentado documentos idôneos que justificassem a origem lícita dos valores não há razão para que seja deferido o pedido de liberação.” Silvani acrescentou que o fato de Fabíola David não ter sido acusada não torna legais os recursos em sua conta.
Jogos ilegais
A Operação Furacão ou Hurricane em inglês, foi deflagrada em abril de 2007 e mobilizou 360 homens da Polícia Federal, a fim de encontrar os acusados de envolvimento com a exploração de jogos ilegais, corrupção de agentes públicos, tráfico de influência e receptação.
Foram cumpridos 70 mandados de busca e apreensão e 25 mandados de prisão contra chefes de grupos ligados a jogos ilegais, empresários, advogados, policiais civis e federais, magistrados e um membro do Ministério Público Federal.
As prisões ocorreram no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia e Distrito Federal. O trabalho teve início a partir do contrabando de componentes eletrônicos para máquinas caça-níqueis. Das 25 prisões na operação, estava toda a cúpula do jogo do bicho no Rio. Eles foram apontados como contraventores que dariam propina em troca de medidas judiciais para facilitar o funcionamento de bingos e bares com máquinas caça-níqueis.
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