Reince Priebus será o chefe de gabinete da Casa Branca, e o barão da mídia Stephen Bannon, o principal conselheiro do novo governo. Nomeações sugerem que Trump manterá lealdade ao atual círculo de assessores
Por Redação, com DW – de Washington:
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, apontou dois nomes centrais para compor sua equipe de governo: Reince Priebus, líder do Partido Republicano, será o novo chefe de gabinete da Casa Branca, ao passo que Stephen Bannon, diretor de campanha de Trump, será estrategista-chefe e principal conselheiro da futura administração.

Donald Trump e Reince Priebus em evento que celebrou a eleição presidencial em Nova York
Priebus, que atualmente preside o Comitê Nacional Republicano (CNR). Ele foi o principal aliado do magnata nova-iorquino durante a campanha. Agora deverá dirigir toda a equipe do novo presidente.
Ao escolher Priebus, Trump volta-se para um veterano de Washington, muito próximo da liderança republicana. Especialmente do presidente da Câmara dos Representantes, Paul Ryan.
A equipe de transição anunciou ainda a indicação de Stephen Bannon. Diretor do portal de notícias da extrema direita Breitbart News e notório por seu posicionamento crítico ao establishment. Segundo a agência de notícias AP. O futuro conselheiro do presidente já foi comparado a Leni Riefenstahl por Andrew Breitbart. Finado fundador Breitbart News. Riefenstahl foi uma cineasta alemã que ficou famosa por fazer propaganda para Adolf Hitler e o nazismo.
– Estou muito satisfeito por manter a minha equipe ao meu lado na liderança do nosso país – disse Trump em comunicado no domingo. “Steve e Reince são líderes altamente qualificados, que trabalharam bem em conjunto na nossa campanha. Nos conduziram a uma vitória histórica. Agora irão trabalhar ambos comigo na Casa Branca para tornar a América grandiosa novamente”, continuou.
Priebus, por sua parte, agradeceu a oportunidade de poder trabalhar em uma “economia que funcione para todos”. Proteger as fronteiras, revogar e substituir a legislação de saúde conhecida como Obamacare e “destruir o terrorismo islâmico radical”.
Bannon também reagiu à indicação. “Quero agradecer ao presidente eleito Trump pela oportunidade de trabalhar com Reince na condução da agenda dele”. Afirmou em comunicado. “Tivemos uma parceria excelente na campanha, uma que levou à vitória”.
A campanha de Trump informou que Bannon deverá trabalhar de “igual para igual” com Priebus. A composição sugere que o presidente eleito será leal ao seu círculo já existente de assessores.
Deportação imediata
Em sua primeira entrevista após a eleição. Donald Trump afirmou que seguirá adiante com uma de suas promessas de campanha mais polêmicas. E que poderá deportar até 3 milhões de imigrantes ilegais com antecedentes criminais.
– O que faremos é pegar as pessoas que são criminosas e têm ficha criminal. Membros de gangues, traficantes, um monte dessas pessoas. Provavelmente dois milhões, ou até três milhões – e tirá-las do país ou encarcerá-las – afirmou Trump em trechos antecipados do programa 60 minutes, da CBS.
No início da campanha, Trump sugeriu que deportaria todos os imigrantes ilegais dos EUA. Estimados em cerca de 11 milhões. Com a aproximação da eleição, porém, o discurso foi suavizado, com ele afirmando que expulsaria estrangeiros “criminosos e ilegais”. Quem for deportado e entrar ilegalmente nos EUA, deve pegar, segundo ele, pelo menos dois anos de prisão.
Muro na fronteira com o México
Trump prometeu também construir um muro na fronteira com o México para conter a imigração ilegal. A barreira, segundo o magnata, seria paga pelos próprios mexicanos. Através do aumento nas tarifas de fronteira e do Tratado Norte-Americano de Livre-Comércio (Nafta).
No domingo, ele voltou a abordar o tema e disse que, em alguns trechos, em vez de muro haverá cercas. “Pode haver cercas”, afirmou Trump, em sua primeira entrevista desde eleito. “Mas para algumas áreas, um muro é mais apropriado. Eu sou muito bom nisso: se chama construção.”
Desde a eleição, quando Trump perdeu o voto popular. Mas ganhou no Colégio Eleitoral (uma particularidade do sistema eleitoral americano). Milhares de pessoas têm ido diariamente às ruas protestar contra o presidente eleito. A questão migratória é, em geral, o principal alvo das manifestações.
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