Os conservadores acham que o projeto de lei não é ambicioso o bastante para revogar o Obamacare, e os moderados temem que o plano prejudique seu eleitorado
Por Redação, com Reuters – de Washington:
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, alertou os parlamentares republicanos da Câmara dos Deputados que irá deixar o Obamacare como está e se ocupar da reforma tributária se os deputados do partido não apoiarem sua nova lei para a saúde em uma votação nesta sexta-feira.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
Na noite de quinta-feira ainda não estava claro se Trump e os líderes republicanos que elaboraram o projeto de lei têm apoio suficiente para aprová-lo. O que implica o risco de uma derrota em sua primeira tentativa de adotar uma nova lei de peso. Além de não cumprir uma promessa de campanha crucial.
– Estamos prometendo ao povo norte-americano que iremos revogar e substituir esta lei fracassada porque ela está desmoronando e decepcionando as famílias, e iremos prosseguir – disse o presidente da Câmara, Paul Ryan, a repórteres após uma reunião noturna com a liderança partidária. Ele ignorou os jornalistas que perguntaram se ele já tem os votos necessários para aprovar o projeto de lei.
Ryan e líderes da Câmara foram forçados a adiar uma votação de seu projeto de lei de reforma da saúde. Formalmente chamado de Lei Americana de Acesso à Saúde, no início da quinta-feira, provocando um revés constrangedor para Trump.
Lei de Saúde
A votação havia sido planejada para coincidir com o aniversário da assinatura do ex-presidente democrata Barack Obama na reforma de saúde de seu governo. A Lei de Saúde Acessível de 2010, conhecida como Obamacare. Um simbolismo que marcaria a primeira vitória legislativa de Trump.
O presidente e seus correligionários haviam prometido substituir o Obamacare. Que veem como muito intrusivo e caro.
Mas depois de uma semana convocando parlamentares republicanos e chamando-os ao Salão Oval para reuniões. Trump foi incapaz de fechar um acordo com duas facções de seu partido a tempo para a votação planejada para quinta-feira.
Os conservadores acham que o projeto de lei não é ambicioso o bastante para revogar o Obamacare. E os moderados temem que o plano prejudique seu eleitorado. Líderes republicanos da Câmara sinalizaram que estão dispostos a trabalhar no final de semana. Para encontrar uma maneira de reconciliar as diferenças.
Trump disse aos repórteres que a votação será apertada, mas se manteve otimista. “Acho que estamos indo bem. Iremos descobrir em cerca de três horas”, afirmou na ocasião em que surgiam os primeiros relatos de que a votação seria adiada.
Na noite de quinta-feira, ele enviou seus principais assessores a uma reunião dramática no Capitólio com um ultimato: não iria mais conversar.
– O presidente disse que quer uma votação, (é) tudo ou nada – disse o deputado Chris Collins, de Nova York.
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