A III Frota é liderada pelo porta-aviões USS Carl Vinson. Os vasos de guerra seguiam em direção à parte ocidental do Pacífico com o fim de “garantir a presença (norte-)americana perto da península da Coreia do Norte”
Por Redação, com agências internacionais – de Pyongyang e Washington
O envio de navios de guerra norte-americanos até a península coreana indicam um possível ataque com mísseis contra a capital da Coreia do Norte, disse à agência russa de notícias Sputnik o senador Viktor Ozerov. Ele é o chefe do Comitê de Defesa e Segurança do Conselho da Federação (a câmara alta da Assembleia Federal russa).
Mais cedo, a agência inglesa de notícias Reuters, citando um funcionário do Estado norte-americano, comunicou a movimentação de um grupo aeronaval de ataque da Marinha dos EUA. A III Frota é liderada pelo porta-aviões USS Carl Vinson. Os vasos de guerra seguiam em direção à parte ocidental do Pacífico com o fim de “garantir a presença (norte-)americana perto da península da Coreia”, disse.
— Se Pyongyang considerar esta campanha dos navios norte-americanos como uma ameaça à sua segurança, isto pode incentivar as autoridades norte-coreanas a futuras ações pouco ponderadas — frisou o senador russo.
III Frota a caminho
Segundo o parlamentar, se a Marinha dos EUA não está violando quaisquer tratados internacionais, ela pode permanecer em qualquer ponto do oceano mundial.
— Porém, sua presença perto da costa coreana seria extremamente inconveniente, tendo em conta que há necessidade de estabelecer um processo de negociação com Pyongyang — afirmou Ozerov.
O senador também não excluiu a hipótese de os EUA efetuarem um ataque com mísseis contra objetivos militares, na Coreia do Norte. Ele relembrou que Washington argumentou o ataque contra a base aérea síria com a ameaça à sua segurança nacional. Porém, a Coreia do Norte pode ser entendida como uma ameaça ainda maior.
Os EUA efetuaram um ataque de mísseis contra a base aérea de Shayrat. O pretexto foi um alegado ataque químico em Idlib. A Síria, no entanto, aderiu à Convenção sobre Armas Químicas, e destruiu essas armas sob supervisão internacional.
Armas químicas
— Enquanto que a Coreia do Norte não assinou a Convenção sobre Armas Químicas. Isto pode provocar que Trump efetue um bombardeio contra a República Popular Democrática da Coreia — afirmou o político russo.
Na opinião dele, é criticamente importante que os países participem da formação da opinião pública. É preciso demonstrar a inadmissibilidade de tais ações por parte dos EUA, em relação a Pyongyang.
Mais cedo, ainda neste domingo, o Conselho da Segurança Nacional entregou a Trump um relatório detalhado. Os analistas avaliaram possíveis respostas à ameaça nuclear norte-coreana. Entre elas, incluem a possibilidade de instalar as armas nucleares na Coreia do Sul.
‘Imperdoável’
A III Frota mudou o rumo, em direção à península, horas após a Coreia do Norte protestar contra os EUA. Pyongyang afirmou, na véspera, que os ataques dos EUA, na sexta-feira, foram um “ato imperdoável de agressão”. Segundo o regime comunista, o ato mostrou que desenvolver armas nucleares foi “uma escolha um milhão de vezes certa”.
A resposta produzida pelo ministério de Relações Exteriores da Coreia do Norte, foi transmitida pela agência norte-coreana de notícias KCNA. A primeira mensagem emitida pela Coreia do Norte desde que navios de guerra dos EUA lançaram dezenas de mísseis. O ataque partiu de navios de guerra estacionados no mar Mediterrâneo. Os mísseis atingiram uma base aérea síria. O governo de Bashar Al Assad foi acusado pelo Pentágono de estar envolvida em um ataque com armas químicas.
A Coreia do Norte considera a Síria um aliado importante.
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