Por Redação, com Sputnik Brasil – de Moscou:
A fim de avaliar danos causados ao patrimônio cultural, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov espera que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), em conformidade com o seu mandato, envie um grupo de peritos para a Síria, Afeganistão e Iraque. Lavrov fez esta afirmação durante o seu discurso na 38ª sessão da Unesco, em Paris.
O reforço das ações da Unesco em tempos de conflitos armados está na agenda deste ano, como o problema está ganhando importância devido à demolição de Palmira na Síria pelo Estado Islâmico, que tomaram vastas áreas na Síria e no Iraque.
A antiga cidade síria de Palmira é parte do Patrimônio Mundial da Unesco. Depois de que a cidade fora tomada pelo Estado Islâmico, em maio, o grupo terrorista começou a destruir sistematicamente vários lugares de arquitetura histórica, incluindo os antigos templos de Bel e Baalshamin.
– A onda de terrorismo e extremismo violento no Oriente Médio e no norte da África causa uma profunda preocupação devido ao Estado Islâmico e outros terroristas cometendo massacres de civis, profanando o Islã, realizando a agressão contra todas as religiões – disse Lavrov no seu discurso.
– Precisamos de esforços coletivos para preservar a cultura humana – frisou.
– Para isso existe a base jurídica, a Convenção das Nações Unidas de 1954 sobre a Proteção de bens culturais em caso de conflito armado. A Rússia é um dos membros mais ativos da Unesco e participa de todos os seus programas no domínio da educação, ciências naturais e sociais, comunicações – salientou o chanceler russo.
Os esforços da Rússia para o desenvolvimento das relações culturais entre os países do mundo no âmbito do trabalho da Unesco estão prejudicados por medidas discriminatórias de certos Estados contra uns homens de arte e cultura, disse o ministro do Exterior russo Sergei Lavrov.
De acordo com Lavrov, devemos esforçar-nos para construir uma “ampla parceria universal, que é um componente importante do futuro positivo da agenda internacional”.