A infecção por zika pode causar febre baixa, erupções cutâneas, conjuntivite e dores musculares, mas às vezes não há sintomas
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Genebra:
A ONU pediu aos países a afetados pelo vírus zika que suspendam as restrições sobre os abortos. A informação foi divulgada pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
– O Alto Comissario Zeid Raad al Hussein pede que os direitos das mulheres sejam respeitados (…) e declara que as leis que restringem o acesso a centros de reprodução para a proteção da saúde contradizem os padrões internacionais e devem ser abolidas – afirma o comunicado.
Al Hussein destacou que as mulheres devem ter acesso a todos os serviços médicos, inclusive os abortos.
A infecção por zika pode causar febre baixa, erupções cutâneas, conjuntivite e dores musculares, mas às vezes não há sintomas, e ocorre através da picada de mosquitos do gênero Aedes aegypti.
Atualmente, a zika está presente na América Central e do Sul, e começou a se espalhar por toda a Europa.
Por enquanto não há nenhuma vacina contra o vírus, que é particularmente perigosa para mulheres grávidas, uma vez que pode causar microcefalia fetal.
Encontro emergencial
Na última quarta-feira, ministros da Saúde de 14 países da América Latina se reuniram no Uruguai em um encontro de emergência para negociar ações de saúde sobre o zika vírus.
Presente na reunião, o ministro da Saúde do Brasil, Marcelo Castro, falou com a imprensa sobre a importância da parceria e da troca de informações entre os países para combater a doença no continente.
– A gente precisa fazer primeiro um diagnóstico de toda a situação que está ocorrendo nos nossos países, e fazer ações conjuntas, trocar informações, fazer parcerias, discutir aquilo que nós podemos fazer conjuntamente para controlar essa epidemia de interesse mundial decretado pela Organização Mundial de Saúde – disse o ministro.
Enquanto isso, novas formas de contaminação do zika vírus estão sendo registradas. Autoridades norte-americanas confirmaram o primeiro caso de transmissão do zika vírus através de relação sexual e não por picada do mosquito.
No Brasil, a Secretaria de saúde de Campinas, no interior do estado de São Paulo, também confirmou o primeiro caso de transmissão de zika vírus por transfusão de sangue. O paciente recebeu uma bolsa de sangue contaminada no hemocentro da Unicamp.
