O evento reuniu artistas refugiados e imigrantes de diversos países árabes, do Congo, Haiti e Senegal
Por Redação, com ABr – de São Paulo:
São Paulo sem Fronteiras é o tema da nona edição do projeto Conexão Cultural, do Museu da Imagem e do Som (MIS), que ocorreu nesta segunda-feira, no dia em que a capital paulista completa 462 anos. O evento reuniu artistas refugiados e imigrantes de diversos países árabes, do Congo, Haiti e Senegal, com o objetivo de integrar as pessoas e a cidade, por meio da arte.
A exposição Refugiados Eu Me Importo, que vai até a próxima segunda-feira, busca sensibilizar os brasileiros e aproximá-los das pessoas que se refugiam no país. O Grupo de Refugiados e Imigrantes Sem Teto de São Paulo é o criador da campanha. O público pode ver fotos relacionadas à cultura dos refugiados.
A música também faz parte do evento, quando um grupo de refugiados árabes com conhecimento musical que estudam português na organização não governamental (ONG) BibliASPA, apresentaram na área externa do MIS. Ao longo do dia, o público pode assistir a apresentações de grupos internacionais, como Ndiguel, do Senegal, com estilo folclórico e base na percussão; o Cristal Congo Music, do Congo, que mistura o som dos metais com o toque melódico da música popular africana, e o Satellite Musique, do Haiti, que trabalha um estilo musical popular do seu país, o compas.

Espetáculo
Somos Cromossomos, um espetáculo que reúne comédia, música, percussão corporal, dança, marionete e poesias, foi apresentado nesta segunda-feira. Criado por um grupo de artistas de diferentes nacionalidades na Espanha, especialmente para uma expedição aos campos de refugiados saarauís, do Saara Ocidental, sendo apresentado também em campos de refugiados na Argélia. De volta ao Brasil, os integrantes brasileiros da Cia Cromossomos remontaram o espetáculo, que conta a história de seis palhaços desorientados, reunidos depois de uma viagem pelo mundo.
Especiarias da culinária árabe, pratos típicos haitianos e também africanos compõe a feirinha gastronômica do evento. Há ainda uma feira artesanal que fica aberta das 12h até as 22h.
Para vivenciar e aprender um pouco com os refugiados e imigrantes, as oficinas trazem atividades como caligrafia árabe, turbantes africanos, dança africana folclórica do Togo e animação, das 13h às 20h.
A programação é gratuita e ocorre no Museu da Imagem e do Som.