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Berlim – Mahana, a surpresa neozelandesa

febrero 13, 2016 22:19 , por Cultura – Jornal Correio do Brasil - | No one following this article yet.
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Filme neozelandês Mahana se destaca, no segundo dia do Festival Internacional de Cinema, e se torna um sério concorrente aos Ursos de Berlim.

Por Rui Martins, do Festival Internacional de Cinema de Berlim

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Com atoresd nativos da Nova Zelândia e com uma história mahori, o filme Mahana se destaca em Berlim

Berlim, a surpresa neozelandesa

Depois de quatro filmes médios e um ruim, apareceu um superior – Mahana, dirigido por Lee Tamahori, cineasta nascido em Wellington e com carreira em Hollywood. Por isso, alguns poderão catalogar seu filme como hollywoodiano, para explicar a fotografia e as tomadas perfeitas, as belas cenas da paisagem bucólica neozelandesa. Seja como for, Mahana marcou sua presença e se destacou dos precedentes. Ainda é cedo para se falar em premios, mas se torna, desde já, um sério concorrente.

Além disso, seu tema, a reconciliação, se enquadra perfeitamente no espírito do Festival este ano, numa Alemanha invadida por refugiados. O  diretor do Festival se pronunciou contra as guerras provocadoras de migrações e a presidente do júri, Meryl Streep, tinha falado em reconciliação.

Mahana contra a rivalidade existente entre duas famílias mahori, os Mahana, dirigidos por um patriarca autoritário, prepotente, que não suporta ser contraditado, e os Poatas. Os mahori são os nativos da Nova Zelância e os últimos povos a serem colonizados. Talvez, por isso, escaparam de serem dizimados como ocorreu nas Américas. A rivalidade entre as duas famílias é marcante nos concursos de tosquia de lá, pois são fazendeiros criadores de carneiros-

O autoritário chefe de clã, ao qual todos devem obediência, não contava certamente surgir a rebelião com seu neto Simeon, capaz de enfrentá-lo à mesa diante de toda família. Sentindo-se insultado, o avô agride o neto, provocando a reação do pai, seu filho, tudo terminando na expulsão dessa parte da família.

Além de suas imagens mostrarem algo novo, Mahana revela excelentes atores desconhecidos neozelandeses e anuncia uma consequencia positiva da globalização : o enriquecimento internacional de artistas com o surgimento de artistas diferentes do padrão fixado por Hollywood, como Temuera Morrison, o patriarca, e Akuata Keefe, seu neto contestador.

E houve uma surpresa na entrevista coletiva dos atores e realizador do filme Mahana, quando foi feita uma demonstração do grito de guerra, mas também de significação religiosa, Haka, uma dança própria do povo mahori.

Por Rui Martins, que está em Berlim a convite do Festival Internacional de Cinema.


Origen: http://www.correiodobrasil.com.br/794479-2/

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