O Quênia, que é uma potência internacional do atletismo e liderou o quadro de medalhas no campeonato mundial da modalidade em 2015 em Pequim
Por Redação, com Reuters – de Londres:
O presidente da Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf), Sebastian Coe, disse que a entidade não se furtará da tarefa de impedir a participação do Quênia na Olimpíada do Rio de Janeiro se a Agência Mundial Antidoping (Wada) apontar que o país não cumpre as normas, relatou a mídia britânica nesta quinta-feira.
O Quênia, que é uma potência internacional do atletismo e liderou o quadro de medalhas no campeonato mundial da modalidade em 2015 em Pequim, teve mais de 40 atletas afastados por doping nos últimos três anos.
Na semana passada, uma autoridade regional antidoping afirmou que o Quênia enfrenta uma corrida contra o tempo para provar à Wada que está lidando com o problema, e que pode se juntar à Rússia entre os países suspensos do atletismo na Rio 2016 caso seja declarado que a nação descumpre as normas.
De acordo com reportagens de dois jornais britânicos, Coe disse à rede de televisão BT Sport que a Iaaf adotará toda e qualquer ação necessária para restaurar a reputação do esporte.
– Sabemos que reputações têm sido danificadas de maneira desproporcional por uma quantidade relativamente pequena de países, e temos que ser muito mais pró-ativos – teria dito o presidente da entidade em uma entrevista que deve ser transmitida ainda nesta quinta-feira.
– Sim, se isso significa tirá-los de Campeonatos Mundiais ou dos Jogos Olímpicos, então teremos que fazê-lo. Sei que a Agência Mundial Antidoping analisou com muita atenção a Agência Nacional Anti-Doping queniana. Nós, é claro, monitoramos isso pela Iaaf, então este trabalho está em andamento.
A Rússia foi afastada do atletismo em novembro em consequência das alegações feitas em um relatório da Wada sobre a prática de doping generalizada e patrocinada pelo Estado.
O atletismo é o destaque da segunda parte do programa olímpico, e a ausência das duas potências da modalidade seria um grande golpe para a Rio 2016. Coe afirmou que a decisão sobre a volta dos russos irá depender de seu respeito aos regulamentos da Wada e que não será acelerada por pressão de governos ou do movimento olímpico.