Por Redação, com Reuters – de Lussane, Suíça:
O presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI) Thomas Bach, disse nesta terça-feira que a corrupção global e os escândalos de doping que assolaram o mundo dos esportes este ano são uma oportunidade para as organizações passarem por mudanças e recuperarem a credibilidade perdida.
No primeiro aniversário das reformas da Agenda 2020 da entidade, cuja meta é tornar a Olimpíada mais atraente e transparente, Bach afirmou que a transparência é uma necessidade de todas as organizações esportivas, assim como um envolvimento maior dos governos nacionais na descoberta e na punição da prática de doping.
Os comentários de Bach em um artigo publicado nesta terça-feira ocorreram dias depois de a cidade alemã de Hamburgo ter sua proposta de sediar os Jogos Olímpicos de 2024 recusada com veemência em um referendo, marcando a mais recente desistência de uma candidata a sede olímpica.
Quatro dos seis postulantes se retiraram do processo seletivo para a Olimpíada de Inverno de 2022 e outros dois foram rejeitados em referendos nacionais. Até o momento, dois desistiram dos Jogos de 2024 –Hamburgo e Boston–, em um golpe no COI e em sua principal competição esportiva.
Bach listou os escândalos de doping envolvendo atletas russos, as alegações de corrupção na Associação Internacional de Federações de Atletismo (Iaaf) e na Fifa e um escândalo relacionado à Copa do Mundo de 2006 na Alemanha como algumas das principais razões para a rejeição dos hamburgueses.
– Sim, estes são tempos difíceis para o esporte. Mas sim, também são uma oportunidade para renovar a confiança no poder que o esporte tem de mudar o mundo para melhor – afirmou Bach.
– A proteção dos atletas honestos anda de mãos dadas com a garantia de que o ambiente no qual os atletas trabalham está livre de influências corruptoras – disse ele, acrescentando que o COI já fez alterações em sua auditoria e em seus relatórios financeiros, estabeleceu limites para mandatos de membros da entidade e empregou autoridades éticas.
A Fifa está lutando com a maior crise de sua história, já que dezenas de dirigentes do alto escalão, incluindo vice-presidentes, foram presos devido a alegações de fraude, corrupção e lavagem de dinheiro.