O incêndio foi provocado, segundo a Localfrio, por uma reação química da água da chuva com o produto ácido dicloroisocianúrico
Por Redação, com ABr – de São Paulo:
Equipes de socorro trabalharam para conter o vazamento do gás tóxico que atingiu um terminal de cargas do Porto de Santos, no litoral paulista. A ação dura cerca de 18 horas. Segundo nota divulgada na manhã desta sexta-feira pela prefeitura do Guarujá, o fogo que atingiu contêineres no terminal portuário da empresa Localfrio está praticamente extinto, mas ainda há fumaça no local.
A prefeitura informou que mobilizou 70 servidores da Guarda Municipal, da área de trânsito e da Defesa Civil para isolar a área e orientar os motoristas nas vias de acesso ao distrito de Vicente de Carvalho. Os trabalhos de combate ao incêndio contaram com o reforço de 80 bombeiros. Além disso, 27 viaturas foram enviadas ao local. Servidores municipais, homens do Exército e da Aeronáutica, além de técnicos da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Cetesb) também atuaram no terminal.
O comunicado informa também que a prefeitura está orientando os moradores das ruas localizadas em um raio de 100 metros entre a Avenida Santos Dumont, Avenida Alvorada, Rua Papa Paulo VI e Avenida Adriano Dias dos Santos, no Jardim Boa Esperança, a deixarem suas casas. A recomendação é que eles procurem abrigo em residências de familiares ou amigos.
Inalação da fumaça
Cerca de 92 pessoas foram atendidas nesta sexta-feira somente em unidades médicas das cidades de Santos e Guarujá, com problemas de saúde causados pela inalação da fumaça tóxica após o incêndio que atingiu, na tarde de quinta, o setor de cargas da empresa Localfrio, no Porto de Santos, litoral paulista.
De acordo com a prefeitura de Santos, no município foram atendidas 26 pessoas, sendo 13 no Pronto-Socorro Municipal e 13 no Pronto-Socorro da Zona Leste. O caso que exigiu mais cuidados, segundo comunicado oficial, é o de uma senhora de 72 anos que sofre de asma. Mais 66 pessoas receberam atendimento em unidades do Guarujá.
Entre as 6h30 e as 8h desta sexta-feira, técnicos da Defesa Civil percorreram vários pontos da cidade de Santos e constataram que foi reduzida a nuvem de fumaça nos bairros. ”O odor é percebido em nível moderado nas imediações da Estação das Barcas, na Praça da República, no centro”, diz a nota. Técnicos da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) estão fazendo o controle da qualidade do ar e, conforme a nota, o vento segue em direção sudoeste, o que favorece a dispersão e o afastamento da névoa tóxica.
Os bombeiros continuaram trabalhando no terminal do Guarujá para conter os focos ainda existentes em 15 contêineres. O incêndio, que começou por volta das 15h de quinta-feira, foi provocado, segundo a Localfrio, por uma reação química da água da chuva com o produto ácido dicloroisocianúrico. A substância entrou em combustão e se alastrou para outros contêineres.