Blatter também é alvo de uma investigação criminal na Suíça, sua terra natal e sede da Fifa
Por Redação, com Reuters – de Zurique/Nova York:
O presidente suspenso da Fifa, Joseph Blatter, voltou a declarar sua inocência no escândalo de corrupção que abala a entidade responsável pelo futebol mundial, enquanto se prepara para testemunhar perante o comitê de ética da entidade nesta semana.
– Lutarei pelos meus direitos e apresentarei minha visão das coisas ao… comitê com grande convicção e uma crença firme na justiça – disse o suíço ao jornal Blick antes da audiência de quinta-feira. “Estou suspenso, mas não isolado, e de forma alguma mudo”.
Em novembro, os investigadores de ética da Fifa pediram sanções contra Blatter e Michel Platini, presidente da Uefa, e ambos foram afastados de seus cargos por 90 dias contados a partir de 8 de outubro à espera da conclusão do inquérito.
O comitê de ética da Fifa deve se pronunciar sobre o caso na próxima semana.
Promotores dos Estados Unidos indiciaram 42 pessoas e entidades na investigação sobre a corrupção no futebol, incluindo os ex-presidentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) José Maria Marin e Ricardo Teixeira e o atual presidente licenciado da entidade, Marco Polo Del Nero.
Dirigentes de todas as Américas estão entre os réus no caso, que os promotores dizem envolver US$ 200 milhões em propinas e subornos ligados a direitos de marketing e de transmissão de eventos de futebol.
Blatter também é alvo de uma investigação criminal na Suíça, sua terra natal e sede da Fifa. Em junho, poucos dias depois de ser reeleito para um quinto mandato, a avalanche de acusações o levou a anunciar que renunciaria, mas ele não foi acusado de nenhum crime.
Costa Rica
Um ex-chefe de futebol da Costa Rica concordou em encerrar sua luta contra a extradição da Suíça para os Estados Unidos para enfrentar acusações de que aceitou subornos em troca de contratos de mídia e marketing, disseram seus advogados norte-americanas na segunda-feira.
Eduardo Li, ex-presidente da federação de futebol da Costa Rica, foi uma das sete autoridades de futebol presas em um hotel de luxo de Zurique, em maio. Ele estava prestes a integrar o comitê executivo da Fifa, entidade que controla o futebol mundial.
– O Sr. Li decidiu lidar com as acusações de forma direta e não através do processo de extradição – disse Samuel Rosenthal, um dos advogados de Li. Ele se recusou a dar detalhes.
Uma porta-voz dos promotores não pôde ser imediatamente contatada para comentar o assunto.