Ali queria as cabines transparentes para a votação de 26 de fevereiro para ter certeza de que os delegados não irão fotografar suas cédulas de votação quando escolherem o novo mandatário
Por Redação, com Reuters – de Londres:
Os advogados do príncipe jordaniano Ali Bin Al Hussein, candidato à presidência da Fifa, pediram à Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) a suspensão da eleição da próxima sexta-feira que escolherá o dirigente encarregado de limpar o nome da entidade máxima do futebol mundial, atualmente envolvida no pior escândalo de corrupção de sua história.
Ali, que na semana passada teve seu pedido de cabines de votação transparentes rejeitado pela Fifa, está insatisfeito com os preparativos para a votação, que se espera dar ensejo a uma maior transparência em uma organização marcada por manobras secretas no passado.
Tendo rejeitado a oferta do príncipe jordaniano de disponibilizar cabines transparentes para o Congresso, em vez disso a Fifa irá pedir a seus eleitores que deixem seus celulares do lado de fora enquanto escolhem seu favorito entre os cinco candidatos presidenciais.
– Este pedido não é suficiente – disse um comunicado emitido pela equipe legal de Ali. “A Fifa continua a manter silêncio a respeitos das medidas para levar isso a cabo e as sanções associadas a isso”.
Nem a CAS nem Ali estavam disponíveis de imediato para comentar.
Ali queria as cabines transparentes para a votação de 26 de fevereiro para ter certeza de que os delegados não irão fotografar suas cédulas de votação quando escolherem o novo mandatário. Isso evitaria que eles sofram pressão para dar provas de seu voto a partes interessadas.
As 209 associações nacionais da Fifa detém um voto cada na eleição, e o voto é secreto. Ali é um dos cinco postulantes ao cargo do ainda presidente Joseph Blatter, que foi afastado por oito anos em decorrência do escândalo de corrupção que abalou a organização.
Os advogados de Ali disseram que a Fifa objetou sua exigência de uma audiência de apelação acelerada para obter um veredicto antes da votação de sexta-feira, o que os levou a recorrer à CAS e pedir a suspensão do pleito.
A Fifa não estava disponível de imediato para comentar.