A suspensão de Valcke por 90 dias por acusação de revenda de ingressos da Copa do Mundo terminaria nesta terça-feira
Por Redação, com Reuters – de Zurique:
Investigadores da comissão de ética da Fifa recomendaram nesta terça-feira que o secretário-geral suspenso da entidade, Jérôme Valcke, seja banido do futebol por nove anos e multado em 100 mil francos suíços, o equivalente a cerca de US$ 99 mil, por violações éticas.
A câmara de investigação do comitê de ética da Fifa informou que concluiu sua investigações sobre Valcke e entregou os resultados ao órgão de ética.
A suspensão de Valcke por 90 dias por acusação de revenda de ingressos da Copa do Mundo terminaria nesta terça-feira, mas investigadores também recomendaram que o comitê de ética estendesse por mais 45 dias. Valcke nega qualquer ação irregular.
Suspensão de Valcke
Valcke foi suspenso pelo comitê de ética da Fifa em 8 de outubro, mas o fato foi ofuscado por conta da queda do presidente da entidade, Joseph Blatter, e o indiciamento de 41 pessoas, inclusive dirigentes de alto escalão da Fifa como o ex-presidente da CBF José Maria Marin, por denúncias que incluem corrupção, fraude e lavagem de dinheiro.
Um porta-voz do comitê de ética disse que não poderia comentar de imediato se a organização tentaria uma extensão de 45 dias à suspensão, que é permitida de acordo com as regras enquanto a investigação estiver em andamento.
A Fifa disse que não comentaria se Valcke, que já sugeriu que deixará o cargo após a eleição de fevereiro para substituição de Blatter, teria permissão de continuar no cargo caso a suspensão não seja estendida.
Valcke foi colocado sob licença pela Fifa em 17 de setembro, horas após o ex-jogador israelense Benny Alon alegar que o dirigente estava envolvido em um esquema de revenda de ingressos da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
À agência inglesa de notícias Reuters não pôde confirmar de forma independente as acusações de Alon. Valcke disse que as acusações eram “fabricadas e revoltantes”.