O Exército sírio e a milícia popular do país apoiados pela Força Aeroespacial russa continuaram o seu avanço causando grandes baixas entre os terroristas
Por Redação, com Sputnik Brasil – de Beirute/Moscou:
O Exército sírio retomou mais territórios que estavam sob o controle do Estado Islâmico na província síria de Aleppo devido a Força Aérea síria ter bombardeado as posições dos terroristas na região, informou a agência de notícias iraniana FARS nesta sexta-feira.
Na última quarta-feira, na parte oriental da província aconteceram confrontos entre as forças governamentais com militantes do EI em resultados dos quais os terroristas foram expulsos de algumas vilas, disse a FARS.
– As tropas sírias expulsaram o EI da aldeia de Ein al-Beida e dos seus arredores na parte ocidental da província perto da vila de Aisheh que foi recentemente libertada”, o exército disse na declaração.
Na quarta-feira, as fontes locais disseram que o Exército sírio e os seus aliados alvejaram as posições dos militantes em um dos bairros da cidade de Aleppo e abriram a passagem na sua linha de defesa.
O Exército sírio e a milícia popular do país apoiados pela Força Aeroespacial russa continuaram em semanas passadas o seu avanço causando grandes baixas entre os terroristas e eliminando as posições inimigas em províncias de Latakia, Homs, Damasco, Deir ez-Zor, Aleppo, Daraa e Hama.
Operações da Rússia e dos EUA na Síria
A Força Aérea da Rússia na Síria realiza ataques contra terroristas somente após a confirmação das informações através de vários canais. Quem informa é o representante oficial do Ministério da Defesa da Rússia, major-general Igor Konashenkov.
– Chamo a atenção para o fato de que os ataques da nossa Força Aérea na Síria são aplicados contra posições terroristas apenas quando confirmamos as informações através de vários canais. Se houver risco à vida de civis pacíficos, os ataques a esses alvos não são realizados – disse o major-general.
Segundo ele, esta é a principal diferença entre o na forma de operar da Federação da Rússia e da coalizão liderada por Estados Unidos.
– De acordo com a correspondente da CNN no Pentágono, Barbara Star, o comando norte-americano decide sobre a aplicação dos ataques aéreos sob a condição de que o número de civis mortos não seja superior a 50 pessoas. Como se costuma dizer, vocês podem sentir a diferença. Nossa aviação nem planeja ataques aéreos quando existe a probabilidade de vítimas civis – disse Konashenkov.
A aviação russa fez 311 voos de combate e bombardeou 1.097 instalações dos terroristas na Síria desde o início de 2016, disse o Estado-Maior na segunda-feira.
Em 30 de setembro, Moscou enviou o primeiro batalhão aéreo à Síria para ajudar as Forças Armadas desse país a combater os terroristas que pioram a situação no país, que sofre de uma guerra civil desde 2011. Foi o próprio governo sírio, cujo presidente é Bashar Assad, quem solicitou tal ajuda militar.
Operação humanitária
O chefe da Direção Operacional Geral do Estado-Maior General das Forças Armadas da Federação da Rússia, Sergei Rudskoy, informou nesta sexta-feira que a Rússia começou uma operação humanitária na Síria.
– Foi tomada a decisão sobre a implementação, na República Árabe da Síria, pelas Forças Armadas da Federação da Rússia, de uma operação humanitária – disse Rudskoy.
De acordo com os dados mais recentes, cerca de 22 toneladas de ajuda humanitária chegaram a Deir ez-Zor desde aviões Il-76 da Força Aérea da Síria.