O ritual, que permite a atletas e espectadores saberem que a prova chegou ao clímax, tem se mantido nos Jogos Olímpicos desde sua adoção em 1896
Por Redação, com Reuters – do Rio de Janeiro:
Por mais elaborada que seja a cerimônia de abertura e por mais sofisticada que seja a transmissão ao vivo dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro deste ano, a volta final das competições de atletismo será anunciada da maneira tradicional, com o toque de um sino.
O ritual, que permite a atletas e espectadores saberem que a prova chegou ao clímax, tem se mantido nos Jogos Olímpicos desde sua adoção em 1896, mas também está ligado a um avanço tecnológico.
A fabricante suíça de relógios Omega, hoje a principal marca do grupo Swatch, é fornecedora oficial das Olimpíadas desde 1932, e está encarregada de proporcionar os sinos usados nos eventos, que vão das corridas de fundo ao ciclismo indoor.
Embora a tarefa da Omega tenha se tornado cada vez mais tecnologicamente avançada e computadorizada, os 21 sinos que a empresa está enviando para o Rio são muito semelhantes a seus antecessores, e foram forjados à mão nas Cordilheira Jura, na Suíça.
– Essa realmente é a única coisa que tem feito parte dos Jogos desde o início que não mudou – disse Serge Huguenin, de 52 anos, dono da pequena fundição da cidade de La Chaux-de-Fonds, que há anos produz os sinos para a Omega.
– Por isso, espero que continue, espero que não coloquem um sino eletrônico antes da última volta – acrescentou.
A fundição, que fez o primeiro sino olímpico para os Jogos de Moscou em 1980, também fabrica os inconfundíveis sinos usados nos pescoços das vacas nas pastagens alpinas e que se tornaram um dos símbolos mais conhecidos da Suíça.
COI pede vigilância contra zika
O Comitê Olímpico Internacional (COI) garantiu na última sexta-feira às delegações que irão viajar ao Rio de Janeiro em agosto para a Olimpíada que o evento estará seguro em relação ao vírus zika, mas fez um apelo aos visitantes a se protegerem enquanto estiverem na região.
O COI ofereceu aconselhamento para minimizar o risco de infecção do vírus, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, e disse que os viajantes com destino ao Brasil devem consultar as agências de saúde de seus países.
Entre as recomendações está o uso de repelente de mosquito e camisas e calças de manga comprida. As mulheres com suspeita de gravidez foram incentivadas a discutir a viagem com seus planos de saúde.
– O COI está em contato constante com a Organização Mundial de Saúde (OMS) para ter certeza de que temos acesso às informações e orientações mais atualizadas, deste momento até a data dos Jogos – declarou a comissão médica da entidade.
– Ao mesmo tempo, os Comitês Olímpicos Nacionais (NOCs, na sigla em inglês) deveriam consultar as autoridades de saúde de seus países para receberem conselhos e orientação”, afirmou em uma nota para as NOCs e as federações esportivas internacionais.
O vírus zika, que está se espalhando rapidamente por toda a América do Sul e Central, foi clinicamente relacionado a uma má formação cerebral conhecida como microcefalia.
O vírus, que é primo próximo da dengue e da febre chikungunya, causa febre moderada, erupção cutânea e vermelhidão nos olhos. Estimadas 80% das pessoas infectadas não exibem sintomas, o que torna difícil para as grávidas saberem se foram contaminadas. Não existe vacina ou tratamento disponível para o zika.
A maior parte do esforço contra a doença se concentra na proteção das pessoas contra as picadas de mosquito e à redução das populações do inseto.