Patrick Kanner disse ainda apoiar Platini e pôs em dúvida se o chefe da Uefa teve chance de se defender
Por Redação, com Reuters – de Paris/Londres/Zurique:
O ministro dos Esportes francês questionou publicamente a legitimidade do comitê de ética da Fifa depois que a entidade que gerencia o futebol mundial impôs um afastamento de oito anos a seu conterrâneo Michel Platini, o que pode ameaçar as perspectivas de este último se tornar presidente da Fifa.
Patrick Kanner disse ainda apoiar Platini e pôs em dúvida se o chefe da Uefa teve chance de se defender perante um comitê que afirmou ser próximo da velha guarda da Fifa.
Ainda presidente da Fifa, Joseph Blatter e seu possível sucessor Platini foram afastados do esporte por oito anos na segunda-feira por supostas violações éticas. Ambos estão sendo investigados em função de um pagamento de US$ 2,02 milhões que a Fifa fez a Platini em 2011, com a aprovação de Blatter, por trabalhos realizados 10 anos antes.
– Sabemos muito bem que o comitê de ética da Fifa é muito próximo de ex-dirigentes, principalmente Joseph Blatter … que talvez esteja arrastando consigo o homem que gostaria de ver em seu lugar – declarou Kanner à rádio Europe 1.
Platini irá recorrer
Michel Platini, disse que vai apelar no Tribunal Arbitral do Esporte contra a suspensão do futebol por oito anos, anunciada pelo Comitê de Ética da Fifa na segunda-feira.
Platini e Joseph Blatter, ex-presidente da Fifa, que também está recorrendo, foram banidos e multados por violações éticas.
O francês disse em nota que está “em paz com a consciência”.
Advogado de Blatter
O recurso de Joseph Blatter contra a suspensão de oito anos imposta pela Fifa ao dirigente chegará à Corte Arbitral do Esporte (CAS), sediada em Lausanne, disse seu advogado na segunda-feira, pedindo uma decisão rápida para o dirigente.
– Chegará à CAS e esperamos que chegue o mais rápido possível. Estamos estudando isso agora – afirmou o advogado norte-americano de Blatter, Richard Cullen, após o comitê de ética da Fifa impor a suspensão por violações de ética.
– Não estamos surpresos que o comitê de ética tenha rejeitado qualquer acusação de corrupção ou suborno, porque não há fatos que apoiem essa alegação – acrescentou Cullen.