A dívida bruta deve ir a 71,5% do PIB, calculou o Banco Central
Por Redação, com Reuters e ABr – de Brasília:
O Banco Central projetou nesta terça-feira que a dívida pública bruta do Brasil chegará a 70,7% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2016, considerando a meta de superávit primário de 0,5% do PIB fixada na lei orçamentária anual, aprovada recentemente pelo Congresso.
Levando em conta as estimativas de mercado de que haverá um déficit primário no ano que vem de 1% do PIB, a dívida bruta deve ir a 71,5% do PIB, calculou o BC.

Juros mais altos em 2016
A projeção de instituições financeiras para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) em 2016 passou de 6,87% para 6,86%, segundo Boletim Focus divulgado, na segunda-feira, pelo Banco Central (BC).
A publicação semanal, feita a partir de consultas a instituições financeiras, também prevê que a taxa básica de juros (Selic) deve chegar ao fim de 2016 em 15,25%.
Para 2015, a projeção para a inflação passou de 10,70% para 10,72%. Esta foi a 15ª semana seguida de alta na previsão de inflação para este ano. Os cálculos de inflação estão acima do limite superior da meta, que é 6,5%. O centro da meta é 4,5%.
De acordo com a pesquisa do BC, a projeção para a inflação medida pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) passou de 10,82% para 10,80% este ano, e de 6,11% para 6,14% para 2016.
Para o Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), a estimativa foi mantida em 10,72%, em 2015, e em 6,48% no próximo ano. A estimativa para o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe) mudou de 10,85% para 10,84% este ano e se manteve em 5,81% para 2016.
A projeção para a alta dos preços administrados foi mantida em 18%, este ano, e em 7,50%, em 2016.
A projeção para a queda do Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos pelo país, se manteve em 3,70% este ano e, para 2016, a estimativa de queda foi alterada de 2,80% para 2,81%.