Na China, a moeda caiu mais 3% contra o dólar depois que o país desvalorizou sua moeda em quase 2% no dia 11 de agosto
Por Redação, com Reuters e Agências de Notícias – de Pequim:
O consumo na China continuará a crescer a um ritmo rápido em 2016, afirmou nesta terça-feira o ministro do Comércio, Gao Hucheng, em entrevista à imprensa. A desaceleração econômica da China tem agitado os mercados financeiros no momento em que o país busca reequilibrar sua economia para uma expansão mais voltada ao consumo, ante a atual dependência das exportações e investimentos.
O consumo respondeu por 66,4% do crescimento do PIB da China em 2015, disse a agência de estatísticas em janeiro. As recentes flutuações do iuan não irão impactar o desempenho comercial, disse ainda Gao, acrescentando que nem a depreciação nem a apreciação da moeda beneficiaria o comércio da China.
O iuan caiu mais 3% contra o dólar depois que a China desvalorizou sua moeda em quase 2% no dia 11 de agosto.
Produção da China
O excesso de produção das indústrias pesadas na China tem “profundas” consequências na economia mundial, com a produção de aço “completamente” descoordenada da demanda do mercado. De acordo com a Câmara do Comércio da União Europeia, a indústria siderúrgica do país asiático produz mais do que os outros quatro gigantes do setor – Japão, Índia, Estados Unidos e Rússia – juntos.
Em comunicado, a Câmara alerta que mais de 60% da produção de alumínio na China apresenta resultados financeiros negativos e que, em apenas dois anos, a produção de cimento no país foi igual à quantidade total produzida pelos Estados Unidos durante todo o século 20.
“A China não deu continuidade aos esforços feitos na década passada para conter o excesso de capacidade”, afirmou o presidente da Câmara do Comércio, Joerg Wuttke, na nota.