Segundo Dilma, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam enfrentar a travessia que os países estão passando
Por Redação, com ABr – de Brasília:
A presidenta Dilma Rousseff reafirmou a necessidade de intensificar a cooperação econômica e comercial entre os países da América Latina e do Caribe, para que possam “superar mais rapidamente os desafios impostos pela crise [econômica]”. Ela fez a declaração em Quito, na noite de terça-feira, após reunião com o presidente do Equador, Rafael Correa.
Dilma embarcou nesta quarta-feira para o Equador, onde participa, nesta quarta-feira da 4ª Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).
– Analisamos o complexo quadro econômico internacional e a sua incidência preocupante sobre nossos países e sobre toda a região, em especial o impacto da queda do preço das commodities do petróleo, dos minérios, dos grãos e a desaceleração da economia chinesa que hoje transita de um padrão baseado em investimento e infraestrutura para outro, baseado no consumo e em serviços – disse Dilma.
- Nós temos muita consciência de que o Brasil não retoma a sua capacidade de crescer, que o Brasil não consegue restabelecer as suas condições sustentáveis de crescimento, nesse novo contexto internacional, sem o crescimento dos demais países da América Latina, sem que os demais países da América Latina tenham também condições de se recuperar – completou.
Segundo a presidenta, Brasil e Equador concordaram em estreitar ainda mais o relacionamento para que as relações bilaterais possam funcionar “como uma ponte para essa travessia” que os países estão enfrentando.
Dilma citou projetos da parceria entre o Brasil e o Equador.
– A Hidrelétrica de Manduriacu e o projeto de irrigação Daule Vinces dão testemunho de nosso comprometimento com a promoção de uma cooperação intensa com o Equador – disse.
A presidenta também destacou o Eixo Multimodal Manta-Manaus.
– Esse projeto, de Manta-Manaus, é um projeto estratégico nessa região. Trata-se da integração de toda a região amazônica da América do Sul e aproximando as regiões Norte e Centro-Oeste do Brasil, tanto aproximando o Equador do Atlântico quanto o Brasil do Pacífico – acrescentou.
A presidenta embarca nesta tarde de volta para o Brasil e na quinta-feira participa de reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão, formado por ministros de estado e representantes da sociedade civil, empresariado e centrais sindicais.